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Adolescente tem bebê dado como morto, é induzida ao aborto no Hospital de Samambaia



Na última semana, uma médica que atua no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), no Distrito Federal, disse à uma gestante de 16 anos que seu bebê havia morrido, induzindo a jovem a realizar o aborto. Nove horas após o diagnóstico a gestante entrou em trabalho de parto e seu bebê (que havia sido dado como morto) nasceu, cujo coração batia e, 1h40 após o nascimento, faleceu.


O caso chocou à todos e foi parar na policia. A jovem, diz ter buscado ajuda médica porque sentia fortes dores e conta que o diagnostico foi dado sem a realização de exames. 
Este caso se trata de violência obstétrica ou erro médico? A psicóloga Bianca Martins,  comenta que apenas o Conselho Regional de Medicina e a Justiça podem definir, mas não descarta a negligência, falta de preparo e consequências que o trauma poderá trazer para a vida da jovem de 16 anos.  

"De acordo com a fala da moça, ela se quer foi examinada, dessa forma não é possível dizer a uma mulher que seu bebê está morto. Para confirmar a morte, é preciso fazer um ultrassom e verificar os batimentos cardíacos da criança", disse.
Outro questionamento que a psicóloga faz é em relação a situação de vulnerabilidade que a paciente se encontrava. "Realmente, existe no SUS atendimentos precários, que podem de fato levar a desfechos pré-natais muito cruéis, como o caso dessa jovem e, eu perguntou aonde estava a família dessa moça que não se fez presente para questionar o diagnóstico e ampara-lá nessa hora?".

No âmbito da psicologia 
De acordo com a especialista, uma mulher que passa por uma situação como essa precisa ser acompanhada, assistida, pois possivelmente ela terá um estresse pós-traumático, ou uma depressão pós-parto, que foi induzido, nesse caso. 

"É preciso organizar uma equipe profissional para cuidar do processo de luto dessa mulher. É preciso sempre pensar nos cuidados em saúde mental nos casos de perdas. Se não fizermos isso, estaremos cometendo uma violência institucional, pois não estaremos cuidando da mulher na sua integralidade", destacou a psicóloga. 

Para Bianca, essa experiência é traumática, deixará marcas profundas e necessita de cuidado e acolhimento profissional para que ela possa tratar o luto perinatal.

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