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Promessas descumpridas e falta de recursos no Governo Ibaneis




A gestão de Ibaneis Rocha é marcada até aqui pelo descumprimento de promessas de campanha, a exemplo da extinção da Agefis e do Instituto Hospital de Base, que é situação emblemática no governo, já que ele resolveu, como uma das primeiras atitudes da gestão, ampliar o modelo. Depois de tanto criticar… Oposicionistas apontam o dedo para o chefe do Executivo e dizem que ele se sai mal e até comete estelionato eleitoral, quando contraria as expectativas da população, em relação ao que disse que faria na época da campanha.

Há, no Executivo, considerável número de secretarias desarticuladas e sem estrutura. No primeiro escalão, nomeações de pessoas suspeitas, réus e ex-ministros da gestão Michel Temer, que pouco conhecem de Distrito Federal ou de política urbana. A equipe vinda da Esplanada encontraria o caminho mais curto para o dinheiro, mas há quem diga que essa gente não tem sabido “procurar nas gavetas”, já que o Distrito Federal teria orçamento maior que de estados como Goiás, Piauí, Maranhão… É aquela velha história repetida à exaustão na época da campanha: Dinheiro tem!

Dinheiro tem? Ibaneis continua a sustentar que para a Saúde, por exemplo, tem os recursos, que estão mal gerenciados. Alega que o tempo ainda é curto e pede à população crédito para trabalhar. Mas crédito ele já tem. Desde que foi eleito governador.
Até aqui, Ibaneis não esconde que tem pretensões políticas audaciosas, que mira ser conhecido em todo o País, que quer ser presidente do Brasil. A polêmica e o atrevimento são bons para a oposição; não para quem está no governo, alertam pessoas próximas ao governador. É possível avistar, dizem, problemas graves no relacionamento com a Câmara Legislativa e até com o Governo Federal. Vide episódios que o governador recentemente protagonizou, ao criticar o ministro Sérgio Moro e até o presidente Jair Bolsonaro.
O tom dele, nesse balanço de 100 dias, está, no entanto, mais alinhado com o presidente da República: faltou à entrevista na Rede Globo, escolheu a Record para se pronunciar e, lá, usou discurso semelhante ao do presidente: culpou a gestão petista e “socialista” pelas “estruturas aprisionadas” e disse que o estágio atual é de libertação.
Acertos
Em função do propósito mais ostensivo, o programa SOS DF, lançado nos primeiros dias de gestão, é visto como uma atitude positiva da gestão, já que dá a impressão de que o governo esteja na rua.
A reabertura de delegacias e o número de cirurgias eletivas realizadas chamam também a atenção, embora na saúde ainda não seja possível sentir diferença, na prática.
Na educação, já chegou promovendo a militarização, sem estudo detalhado. E, embora isso seja ressaltado por alguns como ponto positivo, é vista com péssimos olhos por servidores, sindicatos e muitos políticos.
Até aliados têm dificuldade em defender o governo, embora o próprio Ibaneis, é claro, não titubeie em dizer que os últimos 100 dias sejam positivos. E lá vem o que parece ser inevitável: repetir o discurso do ex-governador Rodrigo Rollemberg. O deputado distrital Daniel Donizet (PSDB), por exemplo, que é aliadíssimo do governador, disse que Ibaneis recebeu o Distrito Federal em “péssimas condições”. E tem um problema grave para resolver: a situação financeira.
E repetindo atitudes e até frases de Rollemberg, que já começou a gestão alertando a população para a falta de recursos, Ibaneis já chamou o secretariado, avisou que “não tem dinheiro para nada” e pediu criatividade para resolver as questões de cada pasta.
Do lado da oposição, o distrital Leandro Grass (Rede) pondera que a população esperava “um pouco mais” do chefe do Executivo, embora ressalte o trabalho desenvolvido em pastas como Educação e Obras. E, pedindo que o governo dê respostas rápidas, ele critica retrocessos, como a construção da Quadra 500, no Sudoeste. “Parece que cada pasta tem trabalhado sozinha e não tem alinhamento entre elas”, pondera.

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