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Após feminicídio, servidoras da Educação pedem: “Parem de nos matar”




Um dia após a tragédia na Sede II da Secretaria de Educação do Distrito Federal, o clima entre os funcionários da pasta é de tristeza, revolta e dor. Com cartazes e vestidas de preto, servidoras protestam e fazem oração em memória da professora Debora Tereza Correa, 43 anos, assassinada pelo ex dentro do prédio da 511 Norte na manhã de segunda-feira (20/05/2019).


“Tristeza é a palavra que define este momento. Como mulher, me solidarizo com a vítima e os familiares dela. Nós ficamos temerosos para que não volte a acontecer esse tipo de caso, mas acredito que seja um fato isolado”, disse uma servidora da pasta que trabalha no prédio e não quis se identificar.



Outro funcionário da Diretoria de Cadastro da Secretaria de Educação, onde Debora estava lotada, chegou para trabalhar sem saber que as atividades estariam suspensas no terceiro andar, onde a professora atuava. “Foi assustador o que nós vivemos aqui ontem (segunda-feira). Eu trabalho na sala ao lado à de Debora e passei pelo autor e por ela enquanto eles conversavam, antes da tragédia acontecer. A conversa não parecia uma discussão”, destacou.


De acordo com o servidor, tudo aconteceu em frente à porta da sala dele. “Quando eu saí, após escutar os tiros, o que vi foi o completo desespero das pessoas que estavam no local. Uma cena que quero esquecer”, assinalou.
Deborah Von trabalha no primeiro andar do Edifício Bittar III. “Vir pra cá foi uma batalha hoje. Independentemente da proximidade que tínhamos com a Debora, nos colocamos no lugar dela. Nós temos medo porque não há um controle muito grande no nosso local de trabalho. Sem detector de metais, acreditamos que essa segurança seja falha”, disse.
Durante o protesto, as servidoras gritaram: “Vidas sim, armas não”. Elas interditaram a W3 Norte rapidamente.

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