Noiva denuncia calote de buffet a 10 dias do casamento Polícia Civil investiga o caso e já ouviu 11 testemunhas, entre elas noivas e aniversariantes. Empresa, de Samambaia Sul, declarou falência e, em comunicado, lamentou a situação.
Depois de encontrar o par perfeito e juntar dinheiro para a tão esperada festa de casamento, o sonho da vendedora Julianne Alves Ferreira, 27 anos, e do noivo, o servidor público Luciano Garcia Santos, 27, está ameaçado.
A empresa contratada para realizar o evento informou, nesta quinta-feira (4/10), a menos de 10 dias da data agendada, que não cumprirá o contrato. De acordo com Julianne, há pelo menos outras 20 noivas lesadas. O casal fechou o contrato com a empresa Maison Buffet, de Samambaia Sul, em dezembro de 2017, para a realização da festa de casamento com data prevista para 13 de outubro de 2018.
“Primeiro, nós fechamos o espaço, decoração, DJ e pista de dança. Depois, o filho da dona veio e ofereceu uma promoção relâmpago, com bolos, doces, fogos, tudo. A gente acertou tudo com eles, a única coisa que fechamos fora foi a banda da igreja”, afirma.
O casal fechou o pacote para 200 convidados e investiu R$ 19 mil. “Todas as nossas economias estão investidas nesse casamento”, desabafou a noiva. De acordo com a vendedora, essa não foi a primeira vez que tiveram problemas com a empresa. “Em meados de julho, surgiu outra história de falência. Eles convocaram uma reunião com os noivos e as debutantes para desmentir”, explica.
Depois dessa situação, o casal decidiu firmar outro contrato para finalizar o pagamento. “O total da festa é R$ 23 mil, como aconteceu esse boato, a gente decidiu pagar os R$ 4 mil restantes só depois do evento”, acrescenta Julianne.
Nesta quinta-feira, no entanto, a empresa comunicou à noiva que não tem mais dinheiro e que, por isso, não poderá fazer a festa. “Estou arrasada”, lamenta, aos prantos. O casal pretende entrar na Justiça e cobrar, além do ressarcimento, indenização pelo dano causado.
Segundo o delegado-chefe da 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul), que investiga o caso, Joás Bragança Borges, o inquérito foi instaurado como possível estelionato com associação criminosa. “Trabalhamos com todas as linhas de investigação. As vítimas estão noticiando que eles estavam fazendo promoções abaixo do mercado, prevendo a falência.
Estamos investigando se eles agiram de má-fé quando firmaram os contratos”, ressalta. Até as 18h, 11 pessoas haviam prestado depoimento, entre noivos e aniversariantes. Os investigadores não conseguiram contato com os proprietários da empresa e o salão de festas da empresa está vazio.
Joás Bragança alerta outros clientes que tenham sido prejudicados a procurarem a delegacia para fazer o boletim de ocorrência e prestar depoimento. A reportagem tentou contato com a empresa por telefone, mas ninguém atendeu as ligações.
Em comunicado enviado a um grupo de noivas no WhatsApp, os donos explicaram a situação. “Rezamos, corremos atrás, pegamos dinheiro emprestado, ficamos sem pagar funcionários, fornecedores e parceiros”, declararam. “Estamos abrindo falência, pedimos desculpas por todo o transtorno, mas fizemos tudo o que pudemos, realmente chegamos ao fim!” Concluem dizendo para que os clientes que “procurem seus direitos como consumidores”, pois preferem resolver os contratos em juízo.
Fonte Portal Correio Braziliense
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