Com o objetivo de
fortalecer o setor artesanal do DF, a premiada artesã Roze Mendes e o Mestre
artesão Juão de Fibra ministram 02 oficinas gratuitas, que capacitarão
pessoas para a produção de produtos artesanais com atributos naturais e
culturais de Brasília e do Cerrado, utilizando-se das técnicas de
esqueletização e tingimento e a de trançado em
fibras
O artesanato é um dos setores criativos da
categoria de expressões culturais, com viés de aplicabilidade funcional. Em
2016, um levantamento realizado no Distrito Federal, pela Secretaria do
Esporte, Turismo e Lazer, cadastrou 9.169 artesãos e revelou que, destes, 83% são mulheres, 3% possuem deficiência, 94%
produzem em sua residência, apenas 15% comercializam em eventos, 71% tem renda
familiar de 1 a 3 salários mínimos e 35% das famílias tem o artesanato como
principal fonte de renda. Diante desta realidade, a artesã Roze Mendes
desenvolveu o projeto cultural “Artesanato do Cerrado”, cuja importância
econômica e social para o Distrito Federal foi reconhecida pelo FAC – Fundo de
Apoio à Cultura – da Secretaria de Cultura do DF. O projeto vislumbra a equidade
social a partir da capacitação de pessoas de baixa renda em atividades
artesanais com matéria prima do Cerrado, de forma a gerar renda com a produção
e comercialização dos produtos.
O Cerrado é o segundo maior bioma do
Brasil, ocupando quase 25% do território nacional, 203 milhões de hectares
espalhados por onze estados e o Distrito Federal. Concentra 5% de toda a
diversidade biológica mundial e 33% da riqueza natural do Brasil: são mais de
12 mil espécies de plantas que podem ser utilizadas no fabrico de remédios, em
alimentos, cosméticos e no artesanato, ajudando a geração de renda e agregando
valor à cultura de comunidades tradicionais. Nesse contexto, o artesanato a
partir da matéria-prima disponível no Cerrado ganha destaque, como a
esqueletização de flores do cerrado e o trançado em fibras, temas das 2 oficinas
a serem ministradas por Roze Mendes e Juão de Fibra, uma verdadeira
oportunidade para aqueles que queiram desenvolver as técnicas artesanais,
aprendendo assim um ofício que poderá lhes trazer renda para o sustento
familiar.
A flor do cerrado é um dos produtos
artesanais mais representativos de Brasília, tendo destaque em feiras e eventos
no Brasil e em outros países, por mostrar a diversidade da flora local e suas
possibilidades de uso, consolidando-se como importante produto cultural. E o trançado em fibras é herança indígena bastante
significativa para a cultura brasileira. O capim colonião, uma das
matérias-primas a serem trabalhadas durante a oficina, é uma gramínea de origem
africana, chegou ao Brasil em navios que traziam escravos e é abundante na
região. Seu uso rende belas esculturas, bolsas, cestos e acessórios.
Nas 2 oficinas, “Esqueletização da
Flor do Cerrado” e “Trançado em Fibras”, os alunos conhecerão todo o processo
de produção artesanal, desde a coleta da matéria-prima, passando pelo
tratamento e transformação em peças decorativas, adornos e acessórios. Os temas
serão tratados em aulas teóricas e práticas, onde Roze e Juão farão uma
abordagem histórica, ambiental e econômica, trazendo importantes questões como
a origem e relevância cultural do artesanato com a flora do cerrado; a preservação
do meio ambiente; o conhecimento da iconografia de Brasília; tendências,
estilos e público consumidor; planejamento e produção de peças e importância da
qualidade e
acabamento, além das técnicas específicas para identificação, coleta, limpeza,
tratamento, armazenamento e manuseio das folhas e fibras, para que possam
produzir peças como flores, arranjos, broches, colares, acessórios, bolsas,
cestos, objetos decorativos, dentre outros.
Cada Oficina terá duração de 120
horas/aula distribuídas em 6 semanas, sendo ofertadas 20 vagas, cada, com
reserva de 20% destas para pessoas com deficiência, e a contratação de
intérprete em libras, caso necessário.
O processo de inscrição será por meio
eletrônico, via formulário digital, e, para aqueles que não tiverem acesso à
internet e computador, a inscrição poderá ser feita pessoalmente, em local a
ser divulgado, ou ainda nas ações prévias de sensibilização que Roze promoverá em Centros de
assistência social em Samambaia. As vagas serão preenchidas por ordem de
inscrição.
Ao final, os participantes receberão Certificados e passarão por
avaliação. Uma vez qualificados, poderão gozar do reconhecimento profissional por meio
da obtenção da Carteira Nacional do Artesão, de acordo com os critérios
estabelecidos pelo Programa do Artesanato Brasileiro. Poderão ainda participar das ações de promoção e
comercialização do artesanato por meio de eventos, exposições e feiras, locais
e nacionais, organizados por diversas Instituições.
Serviço:
OFICINAS
ARTESANATO DO CERRADO – GRATUITAS, COM MATERIAL INCUSO
OFICINA1:
ESQUELETIZAÇÃO DA FLOR DO CERRADO
Ministrada
por Roze Mendes
Período:
de 20/09 a 01/11/2018
Dias e
horários: de segunda à sexta-feira, das 14h às 18h.
Carga
horária: 120 horas, com Certificado
Vagas: 20 vagas, sendo 20% destinadas à
pessoas com deficiências
Público alvo: pessoas de todos os gêneros, acima de 18 anos,
preferencialmente residentes na expansão de Samambaia (DF) e regiões
administrativas ao redor.
Pré-requisitos: disponibilidade de tempo para
participar de todas as aulas. Não é necessário ter habilidades artesanais
prévias.
Local: Ateliê Roze Mendes -
QR 308, Samambaia Sul (endereço completo a ser divulgado na confirmação da
inscrição)
Informações: brasiliaflordocerrado@gmail.com
Inscrições:
https://goo.gl/forms/6gG8ZwGKAAz9eF5C2
Sobre
a Oficina 1: a oficina possibilita conhecer a origem e relevância cultural do
artesanato de flores do cerrado, a importância da preservação do meio ambiente
e identificação das principais plantas do cerrado. Além de aulas práticas para
o desenvolvimento de habilidades manuais e criativas, utilizando as técnicas de
esqueletização, tingimento e montagem de peças artesanais com forte atributo
cultural.
Sobre
Roze Mendes: Artesã e designer há mais de 30 anos, alia empreendedorismo e envolvimento
com comunidades locais. Esteve na Argentina, Bélgica, Moçambique e Reino Unido,
comercializando e ensinando. Hábil artesã, domina técnicas de bordado, fuxico,
pintura, flores em qualquer material, trançados, crochê, reciclagem,
tingimento, esqueletização, dentre outros. Recebeu homenagens como: Prêmio Casa
Cor ( Brasília / 2004 ) ; Prêmio Mulher Empreendedora 2006 (SEBRAE/NA); e as 5
edições do Prêmio TOP 100 (SEBRAE/NA).
OFICINA
2: TRANÇADO EM FIBRAS com Capim Colonião:
Ministrada
por Juão de Fibra
Período:
de 19/11 a 20/12/2018
Dias
e horários: de segunda à sexta-feira, das 13h às 18h.
Carga
horária: 120 horas, com Certificado
Vagas: 20 vagas, sendo 20% destinadas à
pessoas com deficiências
Público alvo: pessoas de todos os
gêneros, acima de 18 anos, preferencialmente residentes na expansão de Samambaia (DF) e regiões administrativas ao redor.
Pré-requisitos: disponibilidade de tempo para
participar de todas as aulas. Não é necessário ter habilidades artesanais
prévias.
Local: Ateliê Roze Mendes -
QR 308, Samambaia Sul (endereço completo a ser divulgado na confirmação da
inscrição)
Informações:
brasiliaflordocerrado@gmail.com
Inscrições:
https://goo.gl/forms/6gG8ZwGKAAz9eF5C2
Sobre
a Oficina 2: O trançado em fibras é herança indígena bastante significativa para a
cultura brasileira. O capim colonião é uma gramínea de origem africana, chegou
ao Brasil em navios que traziam escravos e é abundante na região. Seu uso rende
belas esculturas, bolsas, cestos e acessórios. Outras fibras disponíveis no
Cerrado serão utilizadas durante a oficina.
Sobre
Juão de Fibra: Mestre artesão em fibras de referência cultural, trabalha com grande
diversidade de matérias-primas naturais. Desenvolveu mais de 50 tramas com o
capim colonião, que resultam em acessórios, bijuterias e artigos de decoração.
Ao transmitir o ofício, melhora a vida de muita gente, que passa a ter uma
fonte de renda. Ministrou cursos e participou de eventos e feiras em vários
estados brasileiros.
Informações: (61) 98112.5979 – Aquela Empresa Comunicação / Cláudia Andrade
Realização: Flor do Cerrado / Roze Mendes
Fomento: FAC - Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria de Cultura
do DF
AMEI,se eu pudesse também partipava,amo artesanato
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