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Hospital de Samambaia não tem capacidade para atender população da cidade

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Hoje, a unidade apresenta um sério déficit de profissionais, o que gera prejuízo nas escalas de atendimento médico. Os plantões, por exemplo, chegam a atender com apenas um médico e alguns setores já ficaram sem nenhum médico na escala, o que certamente não atende a demanda do hospital. Desse modo, os poucos médicos que restam no quadro ficam sobrecarregados e chegam a realizar plantões sucessivos, acumulando uma carga horária de até 18 horas seguidas, o que normalmente é restrito a 12 horas. Outro fator que prejudica o atendimento é a falta de leitos, a unidade atende, ultimamente, dois pacientes por leito. Há também um déficit de equipamentos e insumos, sem contar a ausência de manutenção dos poucos aparelhos que restam no hospital.
Todas essas irregularidades foram constatadas pela fiscalização do CRMDF há um ano e, até o momento, a Secretaria de Saúde não tomou nenhuma providência. Vale destacar também que, recentemente, o hospital de Samambaia passou por uma nova vistoria do Conselho Regional de Medicina local, na qual foi constatada uma relevante piora na estrutura. “O CRMDF averiguou, em 2009, que faltavam equipamentos no hospital e havia uma obra não concluída no local. Hoje, a unidade possui novos equipamentos, adquiridos há nove meses, mas, infelizmente, os mesmo ainda não foram instalados devido o atraso da obra”, afirmou Ely Aguiar, conselheiro e responsável pelo setor de fiscalização do CRM-DF. Foi constatado também pelo conselho que todos os médicos empossados no último concurso já pediram exoneração do cargo, devido às péssimas condições de trabalho encontradas na unidade. Infelizmente, esse cenário é vivenciado diariamente pelo corpo clínico da unidade, que ainda lutam por uma reestruturação do hospital, conforme relataram no último encontro.
“Usamos o único monitor de oximetria do hospital, instalado na Clínica Médica. O problema estrutural é grave, cito, como exemplo, a situação do único elevador em funcionamento do hospital, que carrega pacientes, lixo e cadáveres. Sofremos ainda com a falta constante de profissionais. Eu já cumpri 18 horas seguidas de escala, estamos exaustos”, desabafou uma pediatra do hospital de Samambaia, durante a reunião. Os demais médicos presentes também alegaram insatisfação com as condições de atendimento e com a precária estrutura do hospital, afirmaram estar estressados no ambiente de trabalho e enfatizaram a responsabilidade do corpo clínico diante da vida dos pacientes, que enfrentam enormes filas de espera e não são atendidos adequadamente, devido a falta de condições do hospital. “Os pacientes ainda acreditam que a culpa é do médico por esperarem oito horas para serem atendidos. Muitas vezes, somos até agredidos verbalmente”, acrescentou uma doutora, do setor de Clínica Médica.
O vice-presidente do CRMDF, Iran Augusto, citou alguns direitos dos médicos previstos pelo Código de Ética Médica na reunião. Entre os artigos mencionados, foi destacado que é direito do médico “apontar falhas em normas, contratos e práticas internas das instituições em que trabalhe quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais a si mesmo, ao paciente ou a terceiros, devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e, obrigatoriamente, à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição”. Diante dos assuntos expostos, Iran sugeriu aplicar a interdição ética no Hospital Regional de Samambaia. Todos os presentes concordaram com a ação, entre eles, o Dr. Gutemberg Fialho, presidente do Sindicato dos Médicos, o Dr. Jairo Bisol, promotor de justiça do Ministério Público do DF e Territórios, e o corpo clínico da unidade.
. “Não aguentamos mais atender nessas condições, sem infra-estrutura. Os médicos também têm limites, temos que buscar melhores condições de trabalho, por isso procuramos o apoio do CRMDF”, afirmou outra médica da unidade de saúde de Samambaia.
Fonte: Assessoria de Imprensa – CRMDF

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