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Mãe de mulher morta por PM: “Me ajude a cuidar de seus filhos”


Sob clima de forte comoção, parentes e amigos se despediram, na manhã desta quinta-feira (9/8), da dona de casa Adriana Castro Rosa Santos, 40 anos, no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga. A mulher morreu assassinada pelo segundo-sargento da Polícia Militar do DF Epaminondas Silva Santos, 51, na terça (7), em frente aos dois filhos do casal. Depois de atirar em Adriana, o PM tirou a própria vida, no Riacho Fundo II.
A família de Adriana o definiu como um homem possessivo, violento, que não deixava a mulher trabalhar fora de casa. Ela nunca o denunciou nem permitiu que os parentes levassem o caso à polícia. Por medo, segundo eles. “Ele dizia que a amava, mas isso não é verdade. O amor não mata. Ele liberta”, lembrou Marcelo Adson, irmão da vítima.
Adriana é a 19ª vítima de feminicídio somente este ano no Distrito Federal. A família não quer que o caso vire uma estatística e pretende transformar a dor em luta. “Para a sociedade, ela vira um número. Para nós, não. A mulher precisa entender que tem de denunciar. Se nós não tivéssemos atendido os pedidos dela e prestado queixas, talvez ela estivesse viva agora. Ainda existem muitas Adrianas presas dentro de casa e Epaminondas soltos pelas ruas. Não vamos deixar que façam novas vítimas”, disse Marcelo.
A mãe de Adriana e os filhos da vítima, de 8 e 11 anos, estavam presentes no sepultamento. Assim como o filho mais velho de Epaminondas. “Adeus, minha filha amada. Me ajude, de onde você estiver, a cuidar dos seus filhos”, disse Dona Graça, ao ver o caixão sendo enterrado.
A mulher e as crianças estavam em casa no momento que Epaminondas chegou, chamou Adriana e disparou dois tiros na esposa. Depois, tirou a própria vida. Segundo Marcelo, a família tinha um bom relacionamento com o PM mas somente no início do relacionamento do casal. “Há cerca dois anos, preferimos cortar a relação, pois ela relatou as ameaças que sofria. A Di só estava com o Epaminondas por medo. O sentimento de amor já havia acabado”, relatou o irmão.
FONTE: METROPOLES
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