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Venda de imóveis novos volta a se aquecer em Samambaia


“O crescimento de Brasília e das regiões administrativas é visível. Samambaia é um exemplo muito evidente. O volume de imóveis, prédios e comércios está cada vez mais alto”, ressalta Adelmir Santana, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fercomercio-DF). De acordo com ele, a expectativa é de que a cidade continue se desenvolvendo nos próximos anos. Adelmir também afirma que os empreendedores devem investir na região. “Quem pensar em Samambaia terá um retorno. A expectativa é de que o cenário econômico nacional comece a melhorar nos próximos meses. Com isso, teremos aumento da renda e, consequentemente, do consumo”, explica.

O empresário Paulo Lima Atos, 44 anos, percebeu o potencial da cidade. Ao lado do sócio, Dinei Oliveira, assumiu, há 6 meses, o pub Saloon Red Rock Alternativo, na QI 616. Na avaliação dele, apesar de Samambaia ser uma região rica culturalmente, há poucos locais para escoar essa produção, portanto é um mercado a ser explorado. “Ainda temos poucos espaços de lazer. Não temos cinema nem shopping, por exemplo”, diz. Paulo, que participa do Conselho de Cultura da cidade, é organizador do festival de música Samamba Rock. “Pub era uma palavra que ouvíamos falar muito para o lado do Plano Piloto ou de Taguatinga. Hoje, você vê pubs em cidades tidas como periféricas.”

Para Antônia Francisca de Lima, 51 anos, conhecida como Toínha, a população só tem a ganhar com o aparecimento de estabelecimentos de lazer e de cultura. “Para o morador, ter que sair de Samambaia para se divertir é bem complicado. As pessoas ficam preocupadas em sair e não poder beber”, relata. Ela, que é proprietária, com o filho, do Toínha Rock Pub, localizado na QN 208, acredita que ter opções próximas ao local onde mora diminui muito o custo com locomoção, um incentivo para o comércio local. Aberto há oito anos, o pub está cada vez mais cheio, beirando a capacidade máxima nos dias mais movimentados.

As características da cidade também não passam despercebidas pela população. Cleiton de Farias, 40 anos, percebe a proliferação de prédios nas áreas próximas às estações do Metrô. “Por conta do acesso ao transporte, muita gente tem optado por vir para cá”, conta o morador. Segundo ele, o medo de assaltos e roubos tem levado muitos a considerarem a alternativa dos apartamentos, por sentirem que esse tipo de moradia concede maior segurança. Dessa forma, contribuem para a verticalização da cidade. “Muitos chegam a custar o mesmo que um apartamento em Águas Claras”, observa.

Cleiton, destaca, no entanto, os efeitos negativos do crescimento da cidade. “Hoje, o trânsito está bem pior. Antes, não tínhamos congestionamento, como temos agora”, relata. Para ele, as mudanças não foram acompanhadas de melhorias estruturais. “Faltam padarias, alguns bancos e lugares para lazer”, reclama.

fonte: Correio Braziliense
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