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Vagas de estágio crescem e preparam para o mercado


Em meio aos dados alarmantes de desemprego no Brasil, que chega a 27% na faixa etária de 14 a 24 anos, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (Ibope), surge um alento para os jovens do país. O número de estudantes que ingressaram em vagas de estágio no primeiro semestre de 2018 cresceu 9,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado. No Distrito Federal, os números saltam 11%. Ao todo, 141.659 alunos conquistaram uma vaga de janeiro a junho de 2018.


No programa Jovem Aprendiz, que capacita estudantes por meio da Lei nº 0.097/2000, também houve aumento. Ao todo, 37.178 alunos entraram no mercado de trabalho nos primeiros seis meses do ano, o que representa melhora de 11,7% em relação ao mesmo período de 2017. Os dados são do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e foram divulgados, ontem, em São Paulo.

Para o superintendente-geral do CIEE, Humberto Casagrande, o crescimento dos índices mostra as vantagens na contratação de jovens pelas empresas, mesmo em momento de crise econômica. “Contratar aprendizes e estagiários não é só uma ação social. Eles são muito ativos e participativos. Compensam a falta de experiência com muita vontade de trabalhar”, afirma.

Embora o CIEE conte com cerca de 500 mil estudantes no país, entre estagiários e aprendizes, o superintendente estima em cerca de 3 milhões o número de candidatos na fila, à espera de oportunidade no mercado de trabalho. “O único jeito é aumentar a quantidade de vagas por meio de um trabalho de convencimento da importância disso no setor privado”, orienta. Em pesquisa feita pelo Ibope, as empresas afirmaram que o principal motivo para a contratação dos jovens aprendizes é a credibilidade dos implementadores (25%), como o próprio CIEE e outras instituições de intermediação.
A Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), prevê cerca de 22,5 mil novas vagas de estágio para o segundo semestre de 2018 no Brasil. Para quem está no ensino médio e técnico, serão 4 mil chances, resultado 5,3% maior em relação à mesma época do ano anterior. Para os universitários, houve uma ascensão de 8,8%, ou seja, 18,5 mil vagas. Segundo a gerente de treinamento da empresa, Eva Buscoff, o período de maior chance de contratação é o período de férias, pois a maioria dos estudantes focam no descanso ou tem outros projetos e a concorrência fica menor. “Os estudantes devem ficar atentos durante os meses de junho e julho, pois faltam candidatos para as vagas desse período”, afirma.

A Nube tem um aplicativo para celulares de sistema Android e iOs que contém vagas de estágio, cursos e dicas para quem está procurando uma vaga no mercado de trabalho. O candidato só precisa baixar o aplicativo e se cadastrar.

Após quase quatro anos alternando cargos de estagiário e de menor aprendiz, Gabriel Oliveira, participou de um processo seletivo para ser efetivado na empresa em que estava. Hoje, com 19 anos,  trabalha com a carteira de trabalho assinada. “O estágio me trouxe uma perspectiva profissional. Depois dessa experiência, decidi cursar ciências contábeis. Agora, eu trabalho de 9h as 18h e estudo à noite”, disse.

Lucas Sales, 19, estava meio perdido antes de chegar ao estágio. Trabalhava no que aparecesse: serviços gerais, construção, marcenaria, alvenaria e vendas. Depois do estágio, se sentiu seguro para dar continuidade aos estudos. “Agora tenho mais tempo para estudar e devido à minha experiência no estágio descobri que quero cursar arquitetura ou ciências contábeis”

Para Lara Gomes, 18 anos, além do aprendizado profissional, o estágio proporcionou um amadurecimento emocional. A estudante, que está tendo a primeira experiência no mercado de trabalho, afirma que os treinamentos no estágio fizeram com que descobrisse o que quer cursar: Letras. “A minha rotina mudou muito, agora sou mais responsável com os meus estudos e tenho uma perspectiva profissional muito diferente da que eu tinha há alguns anos”, confidenciou.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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