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Frota de ônibus e metrô de Samambaia é precária e ineficiente

Imagine morar em Samambaia, precisar ir ao Plano Piloto e depender exclusivamente do transporte público do Distrito Federal! É preciso ter tempo e dinheiro. Uma pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Transportes mostrou que os itinerários, frequências e horários das principais linhas do sistema de transporte de Samambaia não atendem as demandas da população. Isso é resultado de planejamento inadequado e da falta de integração dos transportes.

Camila de Carvalho, mestre em Transportes pela UnB e autora do estudo Análise do Sistema de Transporte Público de Samambaia, contou com a ajuda de 30 estudantes do Ensino Médio da cidade para entrevistar os moradores. Os alunos visitaram 693 domicílios e descobriram que 51% da população utilizam o ônibus como o principal meio de locomoção.

Ao metrô, mesmo com as três estações da cidade e 20 trens, cabe um percentual de apenas 5%. “As residências ficam fora da área de influência desse transporte. São mais de 500 metros de distância até as estações de metrô. É um longo caminho para andar a pé”, justifica Camila. “A parte norte da cidade é atendida apenas por ônibus. As estações não contemplam essa área mais adensada. O pior é que não tem nem bicicletário no metrô”, completa o professor José Augusto Fortes, orientador do estudo.

DESLOCAMENTO NEGATIVO –
 Carlos Alexandre Cunha, chefe do departamento de tecnologia do Metrô, argumenta que a linha passa exatamente no meio da cidade para atender toda a população. “Não digo que seja o caso de Samambaia, mas dependendo das condições da calçada, iluminação e segurança não há problema em caminhar até a estação. Na Europa, as pessoas andam cerca de 800 metros”, afirma.

Outro problema identificado pela pesquisa e parte do dia-a-dia de morador Robert Wilson é o trajeto em Y feito pelo metrô. Quem vai de Samambaia para Taguatinga, como ele, gasta o dobro de tempo no percurso. Observe no mapa. Morador de Samambaia, o assistente fiscal trabalha em Taguatinga Centro. Ele faz um caminho negativo, tendo que recuar até a estação de Águas Claras e trocar de metrô, para seguir para Taguatinga ou Ceilândia. “Existe um vale, uma barreira geográfica que impede a ligação direta entre Samambaia e Taguatinga”, explica Luiz Gonzaga Lopes, diretor técnico do Metrô e professor do departamento de Engenharia Civil e Ambiental. “Mas muita gente ainda prefere o metrô para evitar engarrafamento.”

FONTE- UNB
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