Distrito Federal está envelhecendo em um ritmo mais acelerado se comparado ao de outras unidades da Federação. Dados do Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que há, no DF, 197.613 pessoas com 60 anos ou mais, o que representa 7,7% da população. Número que aumentou 16,5% em relação a 2009, quando os idosos somavam 109 mil. Em oito anos, o percentual desse segmento deverá corresponder a 10,4% da população e a 14,9% em 2030.
O envelhecimento da população é um fenômeno nacional, apesar de ocorrer mais rapidamente na capital federal. No Brasil, atualmente, o percentual de maiores de 60 anos supera o do DF: 8,6%. Em 2027, eles vão representar 14% da população brasileira, percentual que o DF alcançará três anos depois. Daqui a 15 anos, o Brasil terá 32 milhões de idosos, a sexta maior população dessa faixa etária do planeta.
a importância do cuidador no tratamento do paciente idoso
No contexto brasileiro, a existência de um familiar que se responsabiliza pelos cuidados a um idoso dependente é ainda muito frequente. As famílias constituem-se no primeiro recurso do qual se vale a sociedade para dar atendimento e acolher os seus membros idosos, principalmente nos casos que demandam cuidados prolongados decorrentes de processos mórbidos incapacitantes. As necessidades de cuidado extrapolam, muitas vezes, as capacidades das famílias.
Cresce, portanto, a necessidade de cuidadores formais, com capacitação profissional para o cuidado ao idoso. Para cuidar de idosos, espera-se que haja alguém capaz de desenvolver ações de ajuda naquilo que estes não podem mais fazer por si sós; essa pessoa assume a responsabilidade de dar apoio e ajuda para satisfazer às suas necessidades, visando à melhoria da condição de vida. Não se pode esquecer que, em muitas situações, o “cuidador” nem sempre é um ente da família e que introduzir pessoas externas ao contexto familiar implica reconhecer valores de respeito e discrição, para não interferir na dinâmica familiar.
O cuidado humano, ou “cuidar de si”, representa a essência do viver humano. Assim, exercer o autocuidado é uma condição humana. E ainda “cuidar do outro” sempre representa uma condição temporária e circunstancial, na medida em que o “outro” está impossibilitado de se cuidar.
Na maioria das vezes, o cuidador familiar desempenha seu papel sozinho, sem ajuda de outros familiares ou de profissionais. Nesse caso, ele se configura como cuidador principal e representa o elo entre o idoso a família e a equipe de saúde. O cuidador deve possuir habilidades e qualidades imprescindíveis para o atendimento aos pacientes crônicos, como: conhecimentos teóricos e práticos, adquiridos por meio de profissionais especializados; qualidades éticas e morais para permitir uma relação de confiança, dignidade e respeito; domínio e equilíbrio emocional; facilidade de relacionamento humano; capacidade de compreender os momentos difíceis vividos pelo idoso; saúde física, incluindo força e energia, condições essenciais nas situações em que haja necessidade de carregar o idoso ou lhe dar apoio para se vestir e cuidar da higiene pessoal.
O cuidador de idosos dependentes deve organizar suas tarefas de cuidado de modo a ter oportunidades de se autocuidar. Muitas vezes, o cuidador se sobrecarrega nas suas atividades e se esquece de que é uma pessoa que também necessita de cuidados. A família deve avaliar esse trabalho em conjunto com profissionais e planejar atividades para idosos e cuidadores. Cursos são necessários, visando à orientação aos cuidadores do cuidado com o outro e consigo mesmo. Como minimizar os riscos de quedas A alta incidência e prevalência de quedas em idosos decorrem de alterações intrínsecas e extrínsecas. Dentre os fatores intrínsecos, destacam-se as alterações sensórias motoras inerentes ao processo de envelhecimento (alterações visuais, parestesias, paresias, diminuição de flexibilidade e de mobilidade e declínio cognitivo)
Os fatores extrínsecos, fortemente associados às dificuldades propiciadas pelo ambiente (buracos, escadas e terrenos irregulares), constituem também grandes riscos de quedas. Alterações fisiopatológicas características de algumas doenças também são responsáveis por quedas na população idosa. A incidência de quedas em idosos e suas consequências na qualidade de vida do indivíduo explicam claramente a necessidade da prevenção, que é possível através de medidas simples, como: mudanças na alimentação, adaptações no domicílio, revisão nas medicações, promoção de segurança no domicílio e fora do domicílio. Esse fenômeno impõe a necessidade de preparação e adequação dos serviços de saúde, incluindo capacitação e formação dos profissionais dessa área. Sendo assim, as quedas são umas das maiores preocupações, devido à ocorrência e às consequências em relação à qualidade de vida do idoso. Muitas quedas resultam de fatores pessoais ou de estilo de vida, que podem ser mudados.
Algumas mudanças que você pode tomar para prevenir quedas:
- Ficar fisicamente ativo.
- Rever sua medicação.
- Checar a pressão sanguínea quando estiver deitado e em pé.
- Remover ou evitar objetos perigosos.
- Melhorar a iluminação.
- Instalar parapeito nas escadas e barras para segurar no banheiro.
- Mover itens para tornar mais fácil alcançá-los.
- Uma alimentação equilibrada. O envelhecimento traz perda de equilíbrio e alterações na massa muscular e óssea, aumentando o risco de quedas.
- Usar sapatos bem ajustados, com solas antiderrapantes.
- Dispor os móveis da casa de maneira prudente.
- Utilizar tapetes de borracha antiderrapantes no chuveiro e na banheira.
- Na rua: o relvado, o jardim, o pátio, as passagens para carros e passeios devem estar desimpedidas, sem buracos, fendas ou outras irregularidades.
- Não ter vergonha de pedir ajuda para atravessar a rua.
- Não ficar sozinho. Não se isolar, pois isso pode atrasar a chegada de ajuda do exterior no caso de acidente.
Fonte: Alzheimer Cuidador
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