Morre jovem que fez disparo em academia de tiros na Asa Sul


Com apenas 22 anos, a moça chegou a ser levada para o Instituto Hospital de Base, mas não resistiu ao ferimento na cabeça
Morreu, às 17h40 dessa terça-feira (19/6), a jovem de 22 anos que fez um disparo de arma de fogo em uma academia de tiro esportivo na 511 Sul. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Segundo fontes policiais, a jovem alugou um revólver e atentou contra a própria vida, por volta das 10h30. Ela treinava na academia havia uma semana e foi levada com vida ao Instituto Hospital de Base (IHB), mas não resistiu ao ferimento na cabeça. A moça era habilitada para participar das aulas de tiro. Nas redes sociais, ela dava sinais de depressão.
O Metrópoles esteve na academia nessa terça (19). Funcionários de uma oficina que fica ao lado do estabelecimento disseram não ter ouvido barulho de tiros. “Só vimos a movimentação quando a mulher saiu toda ensanguentada. Ainda estava viva e foi levada por uma ambulância”, contou um deles.

Nesta quinta-feira (21), a academia iniciaria um curso de introdução ao tiro com armas curtas. Para participar, os pré-requisitos eram: ter mais de 18 anos e não responder a nenhum processo criminal. A carga horária do treinamento seria de 7,5 horas, divididas em três aulas, com 100 disparos. O valor cobrado é de R$ 690.
A academia não se manifestou sobre o ocorrido. O estabelecimento fechou as portas no dia do ocorrido. A previsão de reabertura é para esta quarta (20). Uma equipe da Secretaria de Segurança Pública e Paz Social esteve no local.
A documentação do estabelecimento está em dia e os profissionais que trabalham no local são habilitados.
Busque ajuda
O Metrópoles tem a política de divulgar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com frequência, para que o ato não seja estimulado. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.
Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.
A cada mês, em média, 1 mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília no qual se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem 24 horas por dia a quem precisa.
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