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Sem rádio, PM apela ao WhatsApp, mas socorro demora a chegar


Sem manutenção nos telefones e rádios devido a problemas contratuais, a Polícia Militar (PMDF) tem apelado ao WhatsApp para atender ocorrências no Distrito Federal. Por meio do aplicativo, chamadas de emergência estão sendo repassadas do telefone 190 para os quartéis das Regiões Administrativas. Mas nem sempre a solução é eficaz. Apesar do esforço da corporação em não deixar os brasilienses desassistidos, a falta de condições de trabalho ameaça a segurança da população.
No fim de semana passado, por exemplo, uma mulher perdeu um pedaço da orelha ao ser agredida pelo ex-companheiro no P Sul, em Ceilândia. Com problema nos rádios, a PM demorou três horas para chegar ao local. O caso só não foi mais grave porque vizinhos intervieram e ajudaram a moça.
De acordo com a mulher, a agressão começou a caminho da casa do ex-companheiro. Ela teria levado três socos quando estava no carro dele. O homem seguiu para a residência, onde a derrubou no chão e passou a atacá-la. “Eu fui ao banheiro, vi que a minha boca estava inchada, mostrei o que [o agressor] havia feito. Ele disse que não estava nem aí e que eu merecia mais”, lembrou a vítima.
A moça relata que tentou chamar a polícia, mas ele se irritou, retomou as agressões e desferiu mais dois socos na orelha dela. Ao chegar na delegacia, o homem foi autuado pela Lei Maria da Penha, mas liberado após pagar fiança.
Esforço da PMA situação ocorreu no momento em que a Polícia Militar do Distrito Federal tenta encontrar alternativas para não deixar os moradores na mão. Alguns batalhões, como os de Ceilândia, Taguatinga, Samambaia e Brazlândia, contam com grupos no WhatsApp.
Segundo o comando da PMDF, os oficiais recebem as ocorrências da Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade) em tempo real e as repassam às equipes nas ruas. “Essas ações foram implementadas a fim de não prejudicar o atendimento às ocorrências e têm surtido efeito”, assegura a corporação.
Embora a PMDF tenha intensificado ações alternativas para tentar contornar as limitações operacionais, sem os rádios, a velocidade com que as ocorrências são repassadas fica prejudicada. Em conversa obtida pela reportagem, um policial militar informa aos colegas que o rádio não está funcionando em Ceilândia.
Outro militar, lotado em Brazlândia, responde avisando sobre o grupo com integrantes do Ciade. Ele também cita que o rádio da região encontra-se em “ponto a ponto”, ou seja, está em uma rede privada e só é possível se comunicar internamente, com policias do mesmo batalhão.

FONTE: METROPOLES
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