O reservatório do
Descoberto – responsável pelo abastecimento de dois a cada três moradores do
Distrito Federal – ficará vazio se a população da capital voltar a gastar água
no mesmo padrão de consumo de 2016. A projeção foi apresentada pelo presidente
da Agência Reguladora de Águas do DF (Adasa), Paulo Salles, nesta sexta-feira
(4), um dia depois de o governador Rodrigo Rollemberg anunciar que o racionamento será
encerrado em 15 de junho.
A agência fez a
simulação de cenários do consumo de água no DF. Com consumo igual ao de 2016, o
Descoberto ficaria sem volume para captação entre outubro e novembro – neste
cenário, o reservatório chegaria ao fim da seca com um virtual -7% da
capacidade.
"Não tem como voltar a consumir água na mesma
quantidade que consumíamos antes do racionamento", disse Salles.
O cenário mais
provável previsto pela Adasa, porém, vê o Descoberto com 21,9%
de capacidade ao fim de novembro, quando acaba o período da
seca. Se a previsão se confirmar, o reservatório ficará distante do mínimo
histórico de 5,3% – atingido em 7 de novembro de 2017, em pleno racionamento.
De acordo com as
medidas publicadas no Diário Oficial do DF nesta sexta-feira (4), a Caesb
poderá captar um limite de até 4,3 metros cúbicos, uma redução de 8% da
realidade de dois ano atrás. Já os produtores agrícolas estão autorizados a
retirar água durante seis horas por dia.
Caesb aposta em plano de
demissão voluntária para 'sobreviver'
Questionado sobre a
possibilidade de um novo racionamento ocorrer no Distrito Federal, Salles disse
que não é possível cravar o que pode acontecer.
"Nós confiamos
que não será necessário voltar a fazer o racionamento. Muitos elementos nos
permitem ter essa segurança. Mas nós vivemos um periodo de incerteza climática,
por isso a população precisa estar alerta para usar a água de forma
responsável", disse o presidente da Adasa.
FONTE G1
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