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Depois entrar no grupo de WhatsApp, Mulher morre após fazer plástica


A jovem Danielle Ferreira Lira, 33, morreu após ter complicações logo depois de se submeter a duas cirurgias plásticas no Hospital Militar, em Cuiabá,  e ter de aguardar por horas para conseguir uma transferência para  outro hospital, para ser internada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Danielle teve morte cerebral confirmada no domingo (13) e a  família registrou uma denúncia na Polícia Civil.
A jovem passou por uma lipoescultura e mamoplastia redutora com o médico Eduardo Santos Montoro pelo programa “Plástica Para Todos”, que busca facilitar o acesso à cirurgia plástica. Ela pagou R$ 50 para entrar no grupo de WhatsApp do programa, mais R$ 50 pela consulta e outros R$ 6 mil pelas duas cirurgias.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela esposa de Danielle, as cirurgias duraram cerca de 6 horas. Assim que concluídas, a vítima foi para o quarto acompanhada de sua esposa e disse que estava cansada.
Em seguida, um enfermeiro entrou no quarto para observar Danielle, momento em que a esposa viu que os dedos dela estavam “brancos” e disse ao enfermeiro que havia algo errado.
Então, o enfermeiro e esposa viraram Danielle de costas e viram sangue saindo pelo dreno. Mas o enfermeiro disse que isso poderia ser reflexo da anestesia. Apesar disso, ele chamou outro enfermeiro, que verificou que Danielle estava sem pulso.
Após isso, segundo o boletim de ocorrência, começou o corre-corre no quarto com equipamentos de desfibrilador, adrenalina e uma bomba manual de oxigênio na tentativa de recuperar o pulso de Danielle.
Inclusive os enfermeiros fizeram massagens cardíacas no peito de Danielle, que causou hematomas na cirurgia recém-realizada. Apesar de estar desfalecendo, Danielle continuou aguardando no quarto, uma vez que o hospital não possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Somente pouco mais de uma hora depois o médico teria chegado ao hospital e a família foi informada que iam encaminhá-la para o Hospital Sotrauma, mediante a apresentação de um cheque-caução de R$ 17,5 mil. Com isso, a transferência só ocorreu por volta das 18h30, cerca de 4 horas depois do término das cirurgias.
Já no hospital Sotrauma, Danielle foi levada diretamente para a UTI e medicada. Porém, teve várias paradas cardíacas e, na sequência, teve paralisia cerebral e falência múltipla dos órgãos. Ela ficou internada na UTI por quase 2 dias.
A morte cerebral foi confirmada às 17h do domingo, após Danielle passar por um protocolo de avaliação que comprova a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais.
Polícia investiga – Após a morte, a família registrou o caso na Polícia Civil, que vai investigar as circunstâncias da morte de Danielle. O caso está sob a responsabilidade da delegada Juliana Palhares, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Hospitais se pronunciam –  O Hospital Militar informou que todos os procedimentos necessários foram realizados para garantir a recuperação da paciente e esclareceu que a unidade realiza procedimentos de média e baixa complexidade, portanto não há exigência de UTI no local.
Já o hospital Sotrauma informou, por meio de nota à imprensa, que a cirurgia plástica não foi realizada na unidade e que prestou toda a assistência necessária assim que a paciente chegou.
Alerta – A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, por sua vez, encaminhou uma nota à imprensa alertando a população para o risco da atuação de agentes intermediadores para realização de cirurgias plásticas. Isto porque, em muitos casos, eles fazem "de pacientes objetos de mercância, no interesse vil em detrimento de qualidade e segurança".
Além disso, apontou que qualquer pré-julgamento acerca de fatos ou da conduta médica se trata de "mera especulação e exploração sensacionalista". Por isso,  vai aguardar o resultado das investigações para que possa se manifestar tecnicamente sobre o ocorrido.
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