Mulher ateia fogo em casa após briga com o ex-companheiro

Uma mulher de 26 anos ateou fogo, na madrugada deste domingo (13), no barraco onde vivia com o ex-companheiro no Setor Santa Luzia, na Cidade Estrutural. Ela foi presa em flagrante na casa da mãe, na mesma rua onde cometeu o crime. O casal estava separado há uma semana, de acordo com a Polícia Civil (PCDF), e o relacionamento passava por idas e vindas.
O barraco, cujo dono é o trabalhador rural Nazareno Pereira de Alencar, 56 anos, ficou destruído por completo. “Não deu para aproveitar nada. O que sobrou está danificado pelo calor e pela fumaça. Vou precisar de muita ajuda para reconstruir tudo”, lamenta. Nazareno é pai do ex-companheiro da autora do incêndio. “Dei a casa para ele porque ele não tinha onde morar. Essa menina não tinha o direito de fazer isso”, acusa.
Ajuda de vizinhos
Por volta de 3h30 da manhã deste domingo (13), os vizinhos da quadra 19 do Santa Luzia se uniram para apagar os fogo. Segundo relatos de testemunhas, quando o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) chegou ao local, as chamas já estavam controladas.
Familiares tentaram entrar no barraco para recuperar objetos pessoais e acabaram passando mal, devido à inalação de fumaça. Um deles é Okleone de Oliveira Brito, sobrinho de Nazareno. O rapaz chegou a desmaiar, “mas já está com a saúde plena”, conforme informou o trabalhador rural. “Meu filho também está recuperado”, disse.
Antes do incêndio, o casal teria brigado. “Eles já vinham discutindo muito e ele estava insatisfeito com o comportamento ignorante e desrespeitoso dela com todo mundo. Depois de mais uma discussão nessa madrugada, meu filho veio para cá”, conta Nazareno, que mora a duas ruas de distância do local do incêndio.
Ele teria orientado o filho a manter a calma. O jovem, no entanto, voltou ao barraco. “Quando chegou lá, já estava pegando fogo”, relata Nazareno. “Graças a Deus não tinha ninguém dormindo lá”, desabafa.
A autora do incêndio, porém, estava no local. “Bradando, gritando. Queria impedir a família de apagar o fogo”. Segundo vizinhos, ela parecia estar fora de si. “Estava perturbada, sem saber o que estava fazendo”, define Nazareno. Ela foi encontrada pela PCDF na casa da mãe, na mesma rua, poucos minutos após a chegada dos policiais.
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