Trabalho aqui há cinco anos e nesse tempo inteiro fui assaltada mais de 20 vezes. A gente vem para cá, mas ficamos com o coração na mão porque não sabemos se vamos voltar para casa”. Esse é o relato de uma cobradora de ônibus de 45 anos que trabalha no terminal das linhas 053 e 393, localizado em Samambaia.
Todos os dias, segundo ela, que pediu para não ter o nome revelado por medo da violência, algum tipo de assalto acontece dentro dos ônibus ou com os passageiros no meio da rua.
Para as vítimas, a as paradas das quadras impares de Samambaia tem se tornado um dos principais alvos de ataque de criminosos que não escolhem o dia nem o horário para atacar. A todo momento os assaltantes surpreendem tantos os funcionários da empresas de transporte coletivo quanto os próprios passageiros. Na maioria das vezes, os criminosos são bastante agressivos e não pensam duas vezes antes de ameaçar as vítimas.
“Sempre que saio de casa eu entrego a minha vida na mão de Deus e abençoo os meus filhos porque não sei se voltarei. A única certeza que temos é de que algum colega vai ser vítima desses bandidos”, relatou a cobradora. De acordo com ela, a cada semana eles registram uma média de nove assaltos na estação do 500 e 550.
Só nos três primeiro meses deste ano, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros registrou 842 assaltos nos coletivos das cinco empresas que operam no transporte coletivo de Samambaia e do DF. O número indica um crescimento de 37,5% nos casos no comparativo com o mesmo período do ano passado.
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