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“Vira homem”, diziam agressores enquanto batiam em transexual no DF


“As transexuais lutam pelo direito de viver e sentem medo até de andar na rua”, admite a delegada-chefe da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin), Gláucia da Silva, ao falar sobre a violência cometida contra  Jéssica Oliveira da Silva, 28 anos, no início deste mês (1º), em Taguatinga. Os responsáveis, dois homens e uma mulher, foram presos em cumprimento a mandados de prisão temporária. Um adolescente também foi apreendido por suspeita de participação no crime.
A violência com que o grupo agiu chamou a atenção das autoridades. Segundo a delegada, os criminosos gritavam para a vítima “virar homem” enquanto a agrediam com pedras, barras de ferro e cadeiras.
Para tentar fugir dos criminosos, Jéssica se abrigou em uma lanchonete. Câmeras do circuito interno do estabelecimento chegaram a registrar parte da ação do grupo. De acordo com a delegada, porém, as agressões continuaram quando a jovem deixou o local. “Eles chegaram a negar que agrediram a vítima depois dela sair do restaurante, mas as imagens conseguiram desmenti-los”, contou a delegada.
Após o crime, os suspeitos tentaram coagir as testemunhas, alegando que teriam sido ameaçados pela vítima. “Na versão deles, todos estavam em uma praça, bebendo e consumindo maconha, e teriam avistado a transexual com uma faca partindo pra cima deles. Entretanto, a polícia não encontrou este objeto e descartou a possibilidade dela estar armada.
Relembre o crime
Em pleno domingo de páscoa, Jéssica voltava para casa, na QNJ, após se encontrar com alguns amigos. Quando faltava pouco para chegar, ela foi surpreendida pelas quatro pessoas que começaram a agredir com socos, chutes, pauladas e pedradas. Para fugir das agressões, ela foi até uma lanchonete que ficava próxima na tentativa de ser socorrido. Só que isso não impediu a ação do grupo, que entrou no estabelecimento e continuou as agressões, inclusive usando as cadeiras do lugar. A estudante foi socorrida e levada ao hospital por um comerciante depois dos agressores fugirem. Ela ficou com machucados e hematomas por todo o corpo.
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