As águas de Corumbá IV estão cada vez mais próximas do Distrito Federal. Nesta segunda-feira (30/4), o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) visitou as obras de uma adutora em Santa Maria, que estão 70% concluídas. A expectativa é que todo o sistema fique pronto até o fim deste ano. Durante a visita, o chefe do Buriti voltou a falar sobre o fim do racionamento de água, afirmando que “está muito perto”, mas não mencionou datas.
O governador relacionou a possibilidade de pôr um fim no rodízio de abastecimento com o apoio da população e de agricultores, que fizeram com o consumo caísse de água caísse em 12% no último ano. Mas também destacou a atuação do governo. “Já colocamos 1,4 mil litros de água para segundo no abastecimento do DF. Fizemos também obras que permitem a transposição de água de uma bacia para outra”, destacou. Nesta segunda-feira (30/4), o reservatório do Descoberto subiu para 90,6%, enquanto o de Santa Maria marcou 56,1%.
Aumento na conta
Horas antes da visita a obra de Corumbá IV, foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal o reajuste tarifário da água e saneamento urbano deste ano. A partir de 1º de junho, às contas ficarão 2,99% mais altas. Rollemberg destacou que quem determina o valor do reajuste é a Adasa, e não o GDF. “Nós ainda vamos avaliar efetivamente a necessidade do reajuste. Essa é uma questão relativa à Adasa e a Caesb, o que nós (GDF) fazemos são os investimentos necessários para garantir o abastecimento de água para a população de Brasília”, explicou.
O reajuste tarifário definido é bem inferior ao solicitado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb): 9,69%. A empresa fez um pedido revisão tarifária extraordinário, afirmando aumento nos gastos e queda no faturamento devido ao racionamento de água. Mesmo assim, a Adasa decidiu que o reajuste fosse de 2,99%, menos que um terço.
Futuro hídrico do DF
Há quase duas décadas o Governo de Brasília decidiu que viria do Lago Corumbá, totalmente localizado no estado de Goiás, as águas a abastecerem o DF pelas próximas gerações. A obra, orçada em R$ 575 milhões, é uma parceria entre Caesb e Saneamento de Goiás (Saneago), que além de dividir os custos, dividirão também os ônus: 5,6 mil litros de água por segundo.
Porém, diversas paralisações por corrupção e superfaturamento de peças adiaram a inauguração da captação. A última ocorreu em agosto de 2016, quando o Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) e a Controladoria-Geral da União questionaram, via Operação Decantação, os valores superfaturados das bombas de captação da água. O parecer do MPF/GO indicava sobrepreço de 388% e recomendava ao Ministério das Cidades que suspendesse os repasses.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE


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