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Partidos intensificam articulação em Samambaia

Com o fim da janela partidária, período em que políticos com mandatos podem migrar sem correr o risco de punição por infidelidade, o cenário começa a ficar mais claro. Agora, com todos os personagens do tabuleiro nas siglas com as quais pretendem concorrer às eleições de 2018, o momento é crucial para os partidos formalizarem alianças a fim de lançar os candidatos. 
A seis meses do pleito, as legendas correm contra o tempo para definir os nomes com mais chances de garantir vitória. Muitos personagens classificaram-se como pré-candidatos, mas as vagas são limitadas para o Legislativo. De acordo com a Resolução nº 23.548 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cada sigla ou coligação pode lançar até 200% do número de cadeiras para a Câmara dos Deputados, portanto, cada uma pode indicar 16 pessoas e, à Câmara Legislativa (CLDF), 48.
Os partidos com mais força por conta da quantidade de filiados e de representantes com mandato se adiantam no jogo e servem como ímãs para os menores. “Eles têm maior poder de atração. Se os menores se juntam a eles, contam com mais chance de obter vantagens no sentido de tempo de televisão e dinheiro”, reforça o cientista político e professor universitário Aurélio Maduro. Tem sido assim em agremiações como MDB, PSDB, PTB e PR: elas já garantiram alguns pequenos aliados. 
A oposição, que trabalha a fim de impedir a reeleição do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), mostrou várias formas desde 2017. Agora, parece ter encontrado o caminho para chegar ao formato definitivo.
O blocão formado por figuras expoentes da política local se rachou. De um lado, ficou o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR), o deputado federal e presidente do DEM-DF, Alberto Fraga, e o ex-vice-governador e presidente licenciado do MDB-DF Tadeu Filippelli. Do outro, players como o deputado federal e presidente do PSD-DF, Rogério Rosso, o ex-deputado distrital Alírio Neto (PTB), e o deputado federal e presidente do PSDB-DF, Izalci Lucas.
O desafio do grupo unido na semana passada e formado pelo PSD, PSDB, PTB, Patriota, PRB, PPS, PSDC e PSC é definir os cabeças da chapa. Izalci Lucas e Alírio Neto, ambos pré-candidatos ao cargo de governador do Distrito Federal, precisam chegar a um consenso se quiserem continuar juntos e enfrentar Frejat e Rollemberg nas urnas. Em até 30 dias, eles devem decidir os critérios para a escolha de quem tentará chegar ao Palácio do Buriti e ao Senado Federal, afirma Alírio Neto.
As agremiações têm um encontro marcado às 10h desta terça-feira (10/4), na Galeria do Hotel Nacional, para fundir as estratégias e nortear os pré-candidatos. A partir de agora, segundo Alírio Neto, eles serão orientados sobre as normas eleitorais e testados na pré-campanha. “O próximo passo é consolidar a nominata”, explica.
Desse grupo, os nomes mais ventilados nos bastidores para disputarem vagas no Senado Federal são Julio César (PRB), Rogério Rosso e o senador Cristovam Buarque (PPS). Estão de olho na reeleição, na CLDF, os deputados distritais Robério Negreiros (PSD) e Rodrigo Delmasso (PRB). O vice-governador Renato Santana (PSD) também pode entrar na corrida.
Do lado de lá
Na outra ponta do tabuleiro político, estão o MDB, PR, PP, Avante e DEM. O Movimento Democrático Brasileiro também reúne os postulantes aos cargos públicos nesta terça-feira (10). Na sede do partido, em torno de 65 pré-candidatos devem compartilhar anseios eleitorais. “Também faremos um roteiro de visita a cada uma das equipes para trabalharmos, inclusive, a convergência dos candidatos ao longo do tempo”, comenta  Filippelli.
A sigla direciona os esforços a fim de lançar Filippelli e o ex-deputado distrital Edimar Pireneus para a Câmara dos Deputados e ainda garantir Jofran Frejat no Palácio do Buriti.
O PSB também tenta encontrar qual o melhor método para garantir a recondução do chefe do Executivo ao cargo. Na segunda-feira (9), líderes locais da sigla participaram de uma reunião com Rollemberg. Nos próximos dias, devem se encontrar mais uma vez em busca de traçar o plano para garantir a reeleição.
À esquerda, ainda há dúvidas. As articulações em nível local do PT têm sido deixadas de lado por conta da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, de acordo com o deputado distrital Chico Vigilante (PT), o partido deve manter a posição de lançar um candidato majoritário, possivelmente sem firmar alianças. “Tem vezes que é melhor caminhar sozinho do que mal acompanhado”, dispara.
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