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Faixa de Pedestre completa 21 anos salvando vidas no DF


Neste 1º de abril, a campanha de respeito à faixa de pedestres atinge a maioridade e completa 21 anos no DF. A iniciativa é uma das medidas mais importantes no esforço para reverter estatísticas negativas e conquistar a civilidade no trânsito da capital federal, além de ser um dos símbolos mais fortes de referência e orgulho brasiliense. Mas, afinal, os moradores da capital respeitam mesmo a faixa de pedestres?
De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Federal de Brasília (IFB), em parceria com a ONG Rodas da Paz e com apoio da Universidade de Brasília (UnB), da ONG Andar a Pé e do coletivo Movimento Ocupe o seu Bairro (MOB), a cada 10 travessias, quatro veículos não param na faixa quando o pedestre se aproxima.
Com base em dados do levantamento, em 98% dos casos de desrespeito, até quatro carros seguem em frente antes de o primeiro veículo parar. Do total de sete mil faixas de pedestres, do Departamento de Trânsito (Detran-DF), distribuídas nas vias públicas no Distrito Federal, foram observadas 340.
Dezesseis pesquisadores notaram diversas situações em cada uma das faixas da amostra, totalizando mais de seis mil travessias com 13 mil automóveis e 10 mil pedestres. Entre as circunstâncias observadas estão: número de veículos que não param na faixa, se os veículos esperam as pessoas terminarem a travessia antes de seguir seu trajeto, se houve algum tipo de situação de risco, sexo do pedestre, se fez sinal antes de atravessar e, se o pedestre esperou os carros pararem.
Foi verificado ainda o perfil das vias onde as faixas estão localizadas, velocidade e condições: iluminação, sinalização e número de travessias em cada sentido.
Percepção
O professor e pesquisador de sociologia do IFB Jonas Bertucci, integrante da Rodas da Paz, explicou que o estudo durou cerca de sete meses. Para ele, a análise tem o objetivo de mostrar o comportamento das pessoas ao volante. “Quanto maior a velocidade da via, mais motoristas desrespeitam o pedestre. Após pararem, em 67% dos casos, os condutores aguardam o pedestre concluir a passagem”, revelou.
Conforme aponta o estudo, a questão demanda alerta. “Trabalhamos na segurança do pedestre. A impressão é de que o respeito à faixa está diminuindo. Atropelamento com morte nas vias do Distrito Federal teve um pequeno aumento em 2016. Pulou de 105, em 2015, para 127, no ano retrasado. Isso nos incentivou a fazer essa pesquisa”, informou.
“Apesar da queda da mortalidade de pedestres ao longo desse processo, nos últimos anos, houve um aumento no desrespeito à faixa pelos motoristas. Além dos dados da pesquisa, será disponibilizada também a metodologia elaborada para que possa ser replicada em outras cidades”, explicou o docente.
FONTE: METROPOLES
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