Guadalajara, México - O mexicano Juan Pedro Franco passa cada vez menos horas prostrado em sua cama. Com a ajuda de um andador especial para suportar seu peso, o homem que já foi o mais gordo do mundo vai aumentando seu número de passos, mas ainda sonha em poder caminhar sozinho, sem sofrer o risco de asfixia.

Com hipotireoidismo, hipertensão arterial, diabetes e uma obstrução pulmonar grave, Franco dedicou recuperar sua vida e aceitar a intervenção do cirurgião bariatra José Antonio Castañeda, especialista em tratamentos de obesidade.
A clínica adverte que tudo "dependerá de sua evolução e o tratamento de seus linfedemas nas pernas (acumulação anormal de líquido por obstrução no sistema linfático)". Na última cirurgia, seu estômago foi dividido na metade e de forma horizontal para que ficasse muito mais reduzido e com menor capacidade gástrica.
Ao mesmo tempo, se submeteu a uma divisão intestinal para que o processo de absorção seja seletivo, ou seja, que só uma parte de seu intestino absorva nutrientes. Em meados do mês passado, "voltou a subir em uma balança, que marcou 345 quilos, 22 a menos quase dois meses" após sua última intervenção.
Para a equipe médica interdisciplinar que o atende, "continua sendo um paciente complexo e seguirá em risco até que deixe de ser uma pessoa com obesidade mórbida". "Estamos tentando salvar uma vida e seguiremos vigilantes até que esteja fora de perigo", diz a clínica.
Segundo estudos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), 58% dos habitantes da América Latina e o Caribe estão acima do peso ideal. México, junto com Bahamas e Chile, são os que apresentam os maiores problemas nesse sentido.
Em maio do ano passado morreu Manuel Uribe, aos 48 anos, outro mexicano que com 597 kg chegou a ser o homem mais gordo do mundo em 2007, segundo o Guinness World Records.
FONTE: Correio Braziliense
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