Bolsonaro diz que só abandona candidatura se for morto ou tirado na 'covardia'


Afirmando que só abandona a sua candidatura à Presidência da República se for morto ou tirado "na covardia", Jair Bolsonaro (PSC-RJ) publicou em suas redes sociais a primeira manifestação de viva voz sobre reportagens da Folha que relataram o patrimônio dele e dos filhos parlamentares, além do recebimento de auxílio-moradia mesmo tendo apartamento próprio em Brasília.

"Só em duas situações eu posso não estar neste ano no debate presidencial: se me tirarem na covardia por um processo qualquer, na covardia, (...) ou se me matarem. Não to preocupado com isso. Se me matarem vão ter que me enterrar, vão arranjar outro Celso Daniel [prefeito petista, assassinado em 2002]."

Em um vídeo de 11min39s postado no final da noite desta quarta-feira (10), Bolsonaro afirmou estar propenso a vender seu apartamento na capital federal e passar a ocupar um imóvel funcional da Câmara e acusou a Folha de ser um jornal "canalha".

"O que está em jogo? É o poder, é quem vai sentar-se naquela cadeira presidencial. (...) Sou uma pessoa completamente fora do establishment, sou o diferente, sou aquele intruso no poder", afirma, citando que PSDB e PT têm um leque de apoio parlamentar e no Executivo muito maior do que o dele. "O que acontece? Aponta a bateria pra cima de mim. No caso, a Folha de S.Paulo, tentando me desestabilizar e me colocar no mesmo nível dos candidatos deles, que eles apoiam, do PSDB. Eles preferem até um petista na Presidência do que eu."

Em reportagens publicadas nos últimos dias, a Folha mostrou que Jair Bolsonaro e seus três filhos parlamentares multiplicaram o patrimônio na política, tendo hoje 13 imóveis em pontos valorizados do Rio e de Brasília, com preço de mercado de pelo nenos R$ 15 milhões. Relatou também que o presidenciável e seu filho Eduardo, deputado federal como o pai, recebem mensalmente R$ 6.167 de auxílio-moradia da Câmara mesmo tendo apartamento próprio em Brasília.

"Por exemplo, pegaram meu patrimônio [e disseram]: 'Óóóó´, ele tem um apartamento em Brasília e recebe auxílio-moradia'. Tenho sim, apartamento de aproximadamente 60 metros quadrados [na verdade, 69 metros quadrados]. Que que eu posso fazer? Vender o apartamento, comprar aqui no Rio de Janeiro um outro imóvel e ir morar num apartamento mansão da Câmara, de 200 metros quadrados, alguns com hidromassagem, com tudo, com segurança, que eu não vou pagar. Não vou pagar IPTU, não vou pagar condomínio", afirmou o deputado.

FONTE UOL

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