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Falta de manutenção, espaços ociosos e evasão afetam IFB de Samambaia

Salas de aula vazias, falta de professores, de manutenção, espaços ociosos e evasão. A lista de problemas apontados por alunos, professores e servidores dos 10 campi do Instituto Federal de Brasília (IFB) é grande. Desde que foi criada, há nove anos, a instituição recebeu milhões de reais em investimentos, foi superdimensionada, mas, segundo a comunidade escolar, não opera plenamente.

O IFB tem hoje, aproximadamente, 18 mil alunos matriculados em cursos técnicos e de graduação gratuitos. Eles estão distribuídos em 10 unidades: Asa Norte, Ceilândia, Estrutural, Gama, Planaltina, São Sebastião, Samambaia, Riacho Fundo, Taguatinga e Recanto das Emas (ainda em obras).
A estrutura gigantesca custou caro. Em média, foram investidos R$ 25 milhões para construir cada unidade com capacidade para atender 2,5 mil estudantes, e R$ 12 milhões naquelas que recebem até 1,5 mil alunos.
Depois de prontos, os institutos têm sofrido com sucessivos cortes. Só neste ano, perderam R$ 7,8 milhões. O orçamento caiu de R$ 29,9 milhões, em 2016, para R$ 22,1 milhões, em 2017. A tesoura afiada, segundo o IFB, limitou os gastos com manutenção e conservação da infraestrutura.
Uma professora do curso técnico em controle ambiental, ministrado em Samambaia, confirma que, no primeiro módulo, geralmente entram duas turmas de 40 alunos. “No segundo, o número de estudantes costuma cair pela metade. Já no terceiro, muitas vezes, ficam 20”, conta.
De acordo com o IFB, atualmente, a taxa de evasão escolar está na casa dos 12%, enquanto a média nacional nos outros institutos ultrapassa 20%. “A instituição segue pesquisando alternativas para diminuir ainda mais esse número”, informa.
Quanto à estrutura, o IFB destaca: “todos os campi possuem salas de aula nos padrões ABNT, lousas brancas e projetores. Contam também com equipe de suporte de Tecnologia da Informação (TI), que faz a manutenção dos equipamentos.” Sobre a falta de gasolina, assinala que o instituto tem frota própria de veículos institucionais e contrato vigente de abastecimento contínuo.
Situação grave
Uma servidora do campus de Taguatinga que não quis se identificar classificou a situação como grave. “Estamos muito preocupados. As equipes de limpeza e segurança já foram reduzidas, e não temos nenhuma certeza para o próximo ano. É complicado gastar tanto dinheiro com estruturas como essa, para depois não sabermos o que será delas no futuro”, destacou. A redução do orçamento não vai afetar as atividades acadêmicas, garante a Reitoria do IFB.
As unidades da capital contam com 1.113 servidores, sendo 563 professores. A média de 24 estudantes para cada docente está acima daquela recomendada pelo Ministério da Educação (MEC) – de  20 para cada professor. Além disso, novas nomeações estão em andamento, conforme informou a entidade, em nota.
A estudante do ensino médio com curso técnico em hospedagem Roberta Vassalo, 15, diz que vê motivos de sobra para a rede ser fortalecida. “O ensino é muito bom. Os institutos federais são de grande importância para o desenvolvimento do país, com o compromisso social de oferecer educação profissional pública, gratuita e de qualidade para nós, jovens”, ressaltou
FONTE: METROPOLES
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