Temer se encontra com deputados para garantir reforma da Previdência


O presidente Michel Temer vai retomar a agenda de encontros individuais com deputados na esperança de conseguir votos para aprovar, ao menos, o primeiro turno da reforma da Previdência ainda este ano na Câmara. Políticos experientes alertaram que é fundamental o corpo a corpo neste momento, sem deixar a tarefa terceirizada aos líderes partidários.


Antes confiante, o próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu as dificuldades com o calendário apertado. “Vamos aguardar, é muito cedo para dizer. Tem cerca de 20 dias (para o final do ano no Legislativo). É um longo tempo de discussão e votação”, disse Meirelles, afirmando que interessa a todos que o projeto seja aprovado. “O importante é que seja aprovada, a questão não é se será neste ano ou no início do ano que vem.”

Para os conselheiros políticos, nenhum líder hoje tem condições de entregar uma quantidade suficiente de votos que garantam o colchão mínimo de 320 votos para que se tenha segurança de levar a matéria para o plenário. “Hoje, temos 220 deputados que votam conosco de olhos fechados. O problema é conseguir os outros”, reconheceu o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP).  Ele elaborou uma lista com mais de 20 “operadores” que ficarão responsáveis por ligar para os deputados de suas bancadas estaduais para aferir os votos reais da Reforma da Previdência. A contagem será diária.



“Pensamos em fazer por partido, mas isso poderia constranger os líderes. Por estado fica melhor, cada um ligará para os aliados do governo”, disse ele. Mansur acredita que isso poderá dar uma segurança maior para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marque a data da votação. “Acredito ser possível votar na semana do dia 10”, sinalizou o líder governista

Contas

Analistas de mercado ainda buscam algumas contas mais otimistas, puxando os votos de apoio para uma casa próxima dos 270 votos. Mas reconhecem que será uma guerra. Secretário-geral do PSDB, o deputado Sílvio Torres (SP) lembrou que já foi dura a batalha para aprovar a reforma trabalhista.

E que, no dia da Previdência, as centrais sindicais vão encher a Esplanada com carros de som e a oposição vai obstruir ao máximo os trabalhos. “Na primeira proposta de retirada de pauta que o governo derrubar com apenas 230 votos vai deixar claro para os deputados que esse é o teto. E o plenário vai esvaziar”, prevê um analista de investimento.


FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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