Greve do Metrô DF: Passageiros de Samambaia enfrentam coletivos superlotados


Jogo de empurra entre representantes sindicais e da estatal faz com que a paralisação siga sem solução. Enquanto isso, os passageiros do sistema adaptam a rotina para não perder compromissos de trabalho e de estudo.

O impasse entre o Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô) e o Metrô/DF se arrasta sem que os passageiros tenham alguma previsão sobre a volta do serviço. Nesta quarta-feira (22/11), mais uma vez, nenhuma estação abriu. É o 14º dia de greve e o quinto de paralisação total.

O trajeto entre Águas Claras e a Universidade de Brasília (UnB), o fim da Asa Norte, duraria cerca de 1h em dias normais de metrô para o estudante de ciências políticas Daniel Lorenzo, 22 anos. Ontem, o caminho levou 2h. “Além do ônibus, que demora uns 20 minutos a mais, eu desço na EPTG e sigo a pé até o meu prédio. Só essa caminhada dura por volta de 40 minutos”, queixa-se. Ontem, a lentidão foi maior, porque os coletivos dividiram as faixas exclusivas com os carros, segundo ordem do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Grávida de sete meses, Francielly Teles, 23, desistiu de ir ao trabalho por causa da falta de conforto dos ônibus. Desta vez, ela não tinha opção do metrô a partir do Terminal Ceilândia até o Plano Piloto. Deu meia-volta ainda em Taguatinga. “Está muito cheio e fico preocupada com a minha saúde, afirmou.

O desembargador Pedro Luís Vincentin Foltran obrigou o metrô a funcionar com pelo menos 90% do efetivo nos horários de pico e 60% nas demais horas. Porém, o tribunal estipulou a multa de R$ 100 mil diários à categoria e não ao Metrô/DF. “Elas (as estações) abriram em oito dos 13 dias da greve (até terça-feira). Por que resolveram fechar agora?”, questiona o secretário de Relação Sindical do Sindmetrô, Hugo Leonardo Lopes da Silva. A assessoria de comunicação do Metrô/DF alega que somente 19 dos 110 funcionários escalados para ontem compareceram ao trabalho, o que impossibilita a reabertura do serviço.

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