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Projetos e campanhas alertam sobre a importância do combate à Aids

Há 37 anos eram registrados os primeiros casos de Aids no mundo. Nesste período, mais de 21,8 milhões de pessoas morreram em decorrência de complicações da doença, segundo boletim do programa Nações Unidas contra a Aids. Ações de conscientização, prevenção e humanização relacionadas ao vírus do HIV ganharam o mundo, diminuindo o terror causado pela doença. Passadas quase quatro décadas, porém, os dados voltam a preocupar e retratam o aumento das infeções entre os mais novos. Para dialogar com esse público, as campanhas estão se reinventando, buscando falar de igual para igual e colocar a informação na palma da mão do jovem, seja por meio de aplicativos para celular e vídeos no YouTube, seja por campanhas com personalidades locais.


Nos últimos seis anos, 47% dos infectados com HIV tinham entre 20 e 34 anos, segundo o Ministério da Saúde. No Distrito Federal, entre 2009 e 2015, o número de pessoas de até 19 anos diagnosticados com HIV subiu de seis para 89. Após descobrir que fazia parte desse grupo, em 2010, Gabriel Estrela, hoje com 25 anos, precisou de um intervalo de cinco anos para poder falar abertamente sobre o assunto. Na época, o jovem teve apoio em casa, mas afirma que, quando buscava ajuda na internet, sentia que a informação que encontrava era “muito institucionalizada”. A partir disso, resolveu utilizar a experiência própria para dar início ao Projeto Boa Sorte.

O que começou em 2015 como uma peça dramatizada em Brasília se tornou um canal no YouTube, que, em dois anos, reuniu 18 mil inscritos. O programa é focado na vivência de pessoas que enfrentam e convivem com o HIV/Aids. “O tema dos vídeos surge de experiências próprias ou da demanda de informações que o público sinaliza. Leio artigos e estudos sobre um assunto e tento traduzir de forma que os meus espectadores entendam e tenham interesse em acompanhar”, explica.

O Projeto Boa Sorte foi o primeiro canal em língua portuguesa focado em falar sobre HIV — iniciativa que se expandiu. “Acho que estamos melhorando. Hoje, vejo mais pessoas e iniciativas falarem sobre o assunto. O problema é a dificuldade de fazer o encontro entre as questões técnicas, trazido pelas instituições, com a humanidade que nós, portadores de HIV, conseguimos colocar no conteúdo”, garante.

Gincana contra o HIV

Neste mês, um novo projeto ganhará as ruas no Distrito Federal. A Gincana Mais, organizada pela ONG Palco, reunirá seis drag queens brasilienses que lideraram equipes para falar sobre HIV/Aids com o público LGBT. Dados do Ministério de Saúde colocam LGBTs no grupo de risco de infecção. Dos 41,1 mil casos diagnosticados nos últimos cinco anos no Brasil, 59,5% foram com homossexuais ou bissexuais. “É muito importante levantarmos o debate como se fosse algo comum, não um tabu. Nossa ideia é usar o humor e a representatividade que a imagem da drag queen traz para dialogar com nosso público”, conta Mary Gambiarra.

FONTE CORREIO BRAZILIENSE
 
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