“Era a minha vida ou a dele”, diz ex-mulher de dono de sorveteria


Uma execução fria, que teria sido motivada por amor e dinheiro. Assim a Polícia Civil resume o assassinato do empresário Lessandro Vilela Borba, 38 anos, ocorrido na quadra 201 do Recanto das Emas em 10 de julho deste ano. O crime foi elucidado e três suspeitos estão presos temporariamente, incluindo a ex-mulher da vítima, Janaína Maria Rocha, 33. Ela seria a mandante do homicídio.

“Ou era a minha vida ou a dele”, disse a mulher, em rápida declaração à imprensa nesta terça-feira (10/10). Segundo Janaína, o ex-marido era agressivo, já a manteve em cárcere privado e a teria ameaçado com arma de fogo. “Vocês não sabem o que nós [ela e os filhos] sofremos”, acrescentou, chorando muito.

Lessandro foi morto com três tiros por volta das 11h30. Ele estava próximo à sorveteria Chiquinho, de sua propriedade, quando o zelador Rafael Gonçalves Roriz, 35, teria efetuado os disparos. O empresário morreu no local.
Rafael foi conduzido ao Recanto das Emas por Victor Hugo Rodrigues Silva, 19. Eles teriam um relacionamento amoroso com Janaína. O trio foi preso em Luziânia, onde mora, na segunda-feira (9), durante a Operação Viúva Negra. Eles negam ter recebido dinheiro para executar o plano. “Os caras não mataram por dinheiro, mas porque estavam apaixonados por ela”, disse o delegado-chefe da 27ª DP (Recanto das Emas), Pablo Aguiar.
Rafael admite, porém, que teria pegado R$ 2 mil em um empréstimo. A suspeita é que o dinheiro tenha sido utilizado para alugar a arma usada no crime. Victor trabalhou por um tempo na sorveteria de Janaína e Rafael era zelador do prédio onde ela mora, em Luziânia.
Lessandro e Janaína foram casados por 17 anos. Tiveram dois filhos, hoje com 16 e 8 anos, e estavam separados desde 2015. A polícia acredita que a motivação do crime foi financeira. Isso porque, na partilha de bens, segundo os investigadores, Lessandro ficou com as duas sorveterias de maior faturamento. Uma em Samambaia e outra no Recanto das Emas. Janaína teria ficado com um prédio e uma sorveteria em Luziânia.
“O Victor e o Rafael confessaram formalmente que são culpados, mas a Janaína nega. Porém, temos provas de que tudo foi arquitetado por ela, que teve um relacionamento amoroso com os dois homens para que a ajudassem”, detalhou o delegado Pablo Aguiar.
Os três foram enquadrados no crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima. Eles podem pegar até 30 anos de prisão. A Polícia Civil vai tentar converter, na Justiça, a prisão temporária deles em preventiva.

Fonte:Metropoles

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