Crise hídrica do DF encarece a salada que chega à mesa do brasiliense


A míngua nos principais reservatórios hídricos do Distrito Federal – Descoberto e Santa Maria – afeta os dois extremos da cadeia de agricultura: cultivo e consumo. Por causa da falta de água, pequenos e médios produtores reduzem a área de lavoura e irrigação e, assim, perdem espaço para concorrentes de outros estados, o que impacta, diretamente, o bolso do comprador. Prova disso é o encarecimento de alguns dos principais componentes da salada — os preços de alguns itens mais que dobraram desde o início da seca.
O chuchu encabeça a lista de variação desde maio deste ano, quando se iniciou a estiagem no DF. O legume, à época, custava em média R$ 1,24 o quilo, segundo dados das Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa). Porém, de acordo com o último levantamento, em setembro o alimento estava cotado quase três vezes mais caro (alta de 175%), a R$ 3,42/kg — o maior salto ocorreu de agosto (R$ 1,78) para o mês seguinte.
O pepino, por sua vez, apresenta a segunda maior variação desde maio. O legume, antes precificado em R$ 1/kg, custava, em setembro, R$ 2,24/kg (124% mais caro). O alimento é seguido pelo quiabo, cujo preço pulou de R$ 3,48 para R$ 5,13 (alta de 47%). 
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