Corpo de Ana Íris é enterrado em clima de comoção e revolta


Na manhã deste domingo (15/10), 45 dias após ser assassinada, Ana Íris, de 12 anos, foi enterrada no Cemitério de Taguatinga. O velório começou por volta das 9h30, e o sepultamento, às 10h30. A adolescente morreu depois de ser estrangulada por um primo, de 16, em 10 de setembro. A polícia, porém, só encontrou os restos mortais da garota 16 dias depois, em Samambaia.
No cortejo até o sepultamento, muito abalada, a mãe de Ana Íris, Maria das Graças do Santos, Gracinha, como é mais conhecida, foi sentada no banco da frente do carro. A mulher, de 28 anos, carregava outras duas filhas no colo e uma rosa nas mãos.
Um dos momentos de maior emoção no sepultamento foi quando uma mulher cantou a música “Trem Bala”, de Ana Vilela. “Segura o teu filho no colo e abrace os seus pais enquanto eles estão aqui. A vida é trem bala, parceiro, e nós somos só passageiros prestes a partir”, destaca um dos trechos.
Também muito abalada, Cleonice dos Santos, de 25 anos, tia da vítima, diz que a família não consegue aceitar tamanha crueldade cometida pelo primo. “A minha irmã (mãe da Ana Íris) já nos disse que quer ver o assassino e perguntar o motivo. Por que ele fez isso com ela? É uma mistura de ódio e raiva”, diz.
Segundo Cleonice, enquanto a garota estava desaparecida, o adolescente, que foi apreendido, chegou a levantar suspeitas sobre outras pessoas. “Acompanhou de perto todo o nosso desespero. É um monstro”, ressaltou.
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