O adolescente de 16 anos, primo da menina Ana Iris, confessou à Polícia Civil ter estuprado e matado a garota de 12 anos por esganadura no dia 10 de setembro. Segundo o relato do rapaz, após o assassinato, arrastou o corpo da vítima por cerca de dez metros, com o objetivo de ocultá-lo. O corpo de Ana Iris foi encontrado na terça-feira (27) em um matagal próximo à quadra 629 de Samambaia Norte.
O suspeito estava internado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) para tratar de lesões decorrentes da agressões que sofreu por populares que já suspeitavam ser ele o autor da morte de Ana Iris. Ele foi atacado a golpes de facão por dois homens e um adolescente. Moradores das redondezas dizem ter visto o rapaz saindo daquele local na madrugada do mesmo dia em que o corpo foi encontrado.
Após os últimos exames, segundo a Polícia Civil, o garoto teve alta na manhã dessa quinta-feira e foi levado para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), onde foi cumprido o Mandado de Busca e Apreensão (MBA). Em oitiva formal, ele foi confessou ao delegado Juvenal Campos o estupro e a morte por esganadura.
O adolescente foi apreendido pelo Ato Infracional Análogo aos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável, pelo período inicial de 45 dias. Depois do depoimento e dos procedimentos legais, o suspeito foi levado para internação no Núcleo de Atendimento Integrado (NAI).
Menina implorou para não ser morta
Menina implorou para não ser morta
Ao delegado da Delegacia de Repressão a Sequestros (DRS), Leandro Ritt, o adolescente contou detalhes do crime. “Ele fala que domingo à tarde a garota o viu ali na comunidade e começou a segui-lo. Ele foi em direção ao morro, e naquele local decidiu matá-la”, conta Ritt. Antes de ser morta, a menina implorou para que ele a deixasse viver. “Ana Iris estava de bruços, e ele a estrangulou. O jovem relata que, durante o estrangulamento, ela pediu para que ele parasse”, completa.
Segundo o delegado, os primos não tinham nenhuma relação amorosa, somente familiar. “Não havia envolvimento entre dois, porque a garota tinha somente 12 anos e com o comportamento bem infantil. A Ana Íris ainda brincava de bonecas”, conta.
Família abalada
A família está inconsolável, pois esperava um desfecho diferente para a história. O padrasto da menina, Paulo Pereira dos Santos, diz que está muito perdido e que ainda quer entender o que ocorreu. “Ela estava em algum lugar. Não estava por aqui”, desabafou, antes de começar a chorar ao lembrar da forma em que a menina foi encontrada. Foi devido à roupa que a tia da menina, a estudante Cleonice dos Santos, reconheceu a sobrinha. “Eu não queria acreditar, mas quando vi a camisa descobri que era ela”, informou.
Teriam sido dois meninos que estavam brincando no Morro do Macaco que encontraram, na beirada de um barranco, o corpo de Ana bastante rígido e queimado de sol, ainda com a roupa que ela usava quando vista pela última vez: saia e camisa da Casa Azul, a instituição onde a criança fazia balé aos fins de semana.
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