Megaoperação da PCDF mira fraude na moeda digital Kriptacoin

A Polícia Civil do Distrito Federal abriu uma megaoperação na manhã desta quinta-feira (21) para prender uma organização criminosa responsável por movimentar R$ 250 milhões por meio da moeda virtual Kriptacoin. A ação mira 13 suspeitos. Ao menos 40 mil pessoas já investiram na moeda e foram lesadas. A ação é coordenada pela PCDF e pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon).

Batizada de Patrick, a operação cumpre 16 mandados de busca e apreensão no DF, em Goiânia e Águas Lindas. Os mandados foram expedidos pela 8ª Vara Criminal de Brasília e determina ainda a quebra do sigilo das redes sociais dos investigados, além do bloqueio de bens. A suspeita é que o dinheiro da fraude tenha sido usado para comprar carros de luxo e um helicóptero.
O negócio é considerado um esquema de pirâmide e só beneficiava sócios e diretores da Wall Street Corporate. O grupo atuava por meio de laranjas, convencendo pessoas a investirem na moeda. O investidor aplicava o dinheiro na esperança de receber dividendos acima das margens de lucro dos negócios convencionais. No entanto, o capital nunca chegava ao seu bolso.
Segundo o coordenador e delegado da CORF, Wisley Salomão, os integrantes desse grupo criminoso são investigados, desde março deste ano, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, estelionato e pirâmide financeira.
De acordo com o apurado, os envolvidos já possuem antecedentes criminais e teriam criado um esquema sofisticado de moeda virtual, visando apenas enriquecer as contas dos membros da organização. Os suspeitos serão indiciados por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.
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