Bruna Leão, de 20 anos, aguardava um Uber no momento da agressão. Ela e mais três amigas foram surpreendidas por um homem alcoolizado.
Bruna Leão, 20, levou um chute no peito de um rapaz alcoolizado ao sair da festa Na Praia
A filha da distrital Celina Leão, do Partido Popular Socialista (PPS), foi agredida com um chute no peito, na madrugada desta sexta-feira (8/9), ao sair da festa Na Praia, no Setor de Clubes Norte. A estudante de direito Bruna Leão, 20 anos, e mais três amigas, aguardavam um motorista do Uber buscá-las na saída do evento, às 4h. Quando o carro chegou, um homem, de acordo com a vítima, visivelmente bêbado, as impediu de entrar no veículo, puxou uma das jovens e agrediu Bruna.
O suspeito, entre 20 e 22 anos, alto e de cabelos pretos, queria entrar no carro. Elas chegaram a pedir que ele se afastasse. Ele atacou a filha da distrital quando ela tentou segurá-lo, para que ele não agredisse a amiga. Ao perceber a gravidade da confusão, o condutor do Uber saiu do carro para conter o suspeito, que fugiu. Em seguida, o motorista se aproximou novamente do agressor, a pedido de Bruna, para que ela o fotografasse, e depois, levou as vítimas para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), na Asa Sul.
“Era uma festa fechada, só pessoas convidadas entravam. Minha filha insistiu para o motorista tirar uma foto. Ela dizia: ‘Quero tirar uma foto! Preciso tirar uma foto!’. Ela fez mais que certo. Nós, mulheres, não podemos ficar caladas”, contou Celina Leão. A organização da festa Na Praia informou que não teve conhecimento da confusão no local.
De acordo com o depoimento de Bruna na delegacia, o suspeito ainda proferiu ofensas contra as jovens. Apesar do ataque, nenhuma delas ficou gravemente lesionada. A Polícia Civil investiga o crime.
Revolta e justiça
Celina Leão, que é procuradora Especial da Mulher na Câmara Legislativa, pede por justiça. Em conversa com o Correio, desabafou que o caso de sua filha só lhe dará mais força para continuar com os trabalhos de redução da violência contra à mulher. “Para qualquer mãe que passa por isso é ruim. Quando ouvi minha filha chorando pelo telefone, só pensei em sair correndo de casa e encontrá-la”, relatou.
Celina também apontou que as delegacias precisam de um atendimento especial e de funcionários treinados o para conseguirem lidar com esse tipo de situação. “Brigo por um tema que aconteceu comigo. A violência contra a mulher não escolhe pessoas, muito menos classe. É uma questão cultural e isso precisamos vencer”, opinou.
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