
Nascida no Ceará, Bia vive na capital desde 2010 e se graduou em artes plásticas pela Universidade de Brasília (UnB).
Fiquei chocada com tamanha violência do MBL. Meus trabalhos tinham como proposta dialogar sobre a homofobia e a transfobia na infância. Não há nada de pedófila nelas"
“Foi uma forma que encontrei de trabalhar a questão do bullying. Esse tópico era, inclusive, um dos principais abordados pelo programa educativo da exposição no Santander Cultural”, explica a artista. A mostra estava em cartaz desde 15 de agosto e seria encerrada em 8 de outubro. No entanto, após vários protestos nas redes sociais, o fechamento foi antecipado.
Destaque
A coleção “Criança Viada” foi apresentada em diversas exposições de Brasília e chegou a ganhar o prêmio de 2º lugar na categoria “Edital LGTB: Gênero e Identidade”, pela galeria paulista Transarte.
A coleção “Criança Viada” foi apresentada em diversas exposições de Brasília e chegou a ganhar o prêmio de 2º lugar na categoria “Edital LGTB: Gênero e Identidade”, pela galeria paulista Transarte.
Curador da Bienal do Mercosul, Márcio Tavares assinou dois textos no catálogo da exposição gaúcha e, por viver em Brasília, acompanhou de perto o trabalho realizado por Bia Leite. Ele afirma que o ataque realizado pelo MBL “é um dos casos mais notórios de deturpação de uma obra de arte”.
O bullying na escola, a opressão na rua e até mesmo na família é uma realidade e o trabalho da Bia Leite faz uma subversão com relação a essa realidade. Apresenta uma visão positiva das crianças que são vistas como diferentes. Não tem nada de pedofilia. É um apelo a que todos tenham, na diversidade, o direito a ser uma criança feliz"
Ele também diz que o Santander Cultural errou ao encerrar a exposição, gerando uma desconfiança na cena artística nacional. “Considero que houve um despreparo para lidar politicamente com a questão e uma miopia sobre a gravidade de uma decisão como essa”, avalia.
artista???
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