Sem cirurgia, bebê pode ter morte fulminante

Arthur Henrique Gusmão Behr da Rocha nasceu no dia 4 deste mês e é o primogênito de Henrique. O garoto nasceu com hipoplasia ventricular esquerda e, desde então, permanece na UTI Neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Sem o procedimento cirúrgico, de acordo com o pai, o menino pode falecer a qualquer hora.
Como a família não obteve resposta da Secretaria de Saúde sobre a cirurgia de Arthur, entrou na Justiça porque não seria possível pagar o procedimento em uma clínica particular. A sentença favorável saiu no último dia 11, mas, nem assim, a família conseguiu ter um alívio, pois a pasta não cumpriu a ordem.
A juíza de plantão Cristiana Torres Gonzaga, da 8ª Vara de Fazenda Pública do DF, obriga a Secretaria de Saúde a “custear a remoção, o tratamento, os medicamentos e o que mais for necessário” para a recuperação do menino. Quatro dia após essa primeira decisão, a magistrada Mara Silva Nunes de Almeida, também da 8ª Vara, fixou o prazo de 24 horas para que a sentença fosse cumprida e alegou que “a patologia que acomete o autor possui percentual de mortalidade de 95%”.
A família fez um abaixo-assinado on-line para tentar chamar atenção do poder público à situação de Arthur. Até esta publicação, quase 4 mil pessoas já tinham aderido à campanha. As assinaturas devem ser entregues para o secretário de Saúde.
Drama pela incerteza
A família descobriu a doença de Arthur 15 dias antes do parto. A partir daí, as preocupações só aumentaram. “Os médicos me preparam para a morte do meu filho. Eles diziam que a criança com essa doença pode morrer com até 72 horas”, lembra Henrique. O pai diz que, apesar de toda dificuldade, encontra alívio no bom trabalho da equipe do Hmib.
A criança estaria sobrevivendo à base de um remédio que impede a obstrução das vias do coração. O receio é que uma hora o medicamento perca o efeito e o estado piore. Henrique Behr lembra do caso de Enzo Gabriel Sousa, que sobreviveu apenas 25 dias à espera de uma cirurgia cardíaca. O JBr. denunciou o caso em setembro do ano passado.
Enzo não aguentou por muito tempo. O pai de Arthur tem esperança de que ele não tenha o mesmo destino e possa convidar a todos para a festa de um ano.
VERSÃO OFICIAL
A Secretaria de Saúde informou que Arthur está regulado, com mandado judicial, para leito de UTI no Instituto de Cardiologia (ICDF). No entanto, o paciente só poderá ser transferido quando houver vaga na unidade. Enquanto aguarda, permanece internado na UTI neonatal do Hospital Materno Infantil, recebendo a assistência necessária ao quadro de saúde que apresenta.
Não existe um prazo para que o menino seja levado para o ICDF, tampouco para que a cirurgia seja feita. O caso de Arthur está na fila da regulação dos leitos.
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