Samambaia já sofre com mais de 30 dias sem água em 2017

Banhos suspensos para cachorros em pet shops. Restaurantes usando copos descartáveis para evitar louça suja. Salões de beleza dispensando clientes que querem serviços que demandem água, como escovas e tinturas. Empresas investindo em mais caixas-d’água. Esses são alguns exemplos das mudanças de hábitos que o empresariado de Samambaia vem fazendo com a ampliação do racionamento. Além da queda de vendas e de serviços.


A falta de água uma vez por semana preocupa o setor produtivo. Até então, os cortes expressivos estavam centralizados na agricultura, que teve queda na produção em 2016 para garantir que o recurso chegasse a todos os produtores rurais. Com a ampliação do rodízio para 26 regiões, setores como o da construção civil, do comércio e de serviços passam a ser diretamente atingidos. Na análise das entidades representativas desses segmentos, o racionamento é necessário, mas vai trazer prejuízos, uma vez que muitos empresários terão que fechar as lojas nos dias sem água ou, então, investir em novas tecnologias de consumo em um período de forte recessão econômica. O setor de comércio e serviços, por exemplo, já vem de uma sequência de quedas e registrou índice negativo de 13,38% nas vendas em janeiro.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) garante que o setor otimiza o uso da água, entretanto, vem sendo prejudicado com a tarifa extra de contingência — ainda mais em um período em que o segmento passa por crise gerada pela queda de lançamentos de imóveis por causa do alto estoque. “A crise hídrica acaba vindo em má hora, em que os esforços por economia já estão maximizados, pois qualquer gota derramada em vão é, literalmente, dinheiro jogado fora”, justifica Marcontoni Montezuma, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Sinduscon.

About CRIATIVO PUBLICIDADE

0 comentários:

Postar um comentário