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Foto: divulgação |
Neste último sábado (15/07), o dançarino Maikon Kempinski
foi detido pela a Polícia Militar, devido a uma apresentação que envolvia nu artístico
ao ar livre, a ação cultural foi considerada “obscena”, assim ele foi levado
para a delegacia e liberado após se comprometer a comparecer à Justiça.
O artista se apresentava em frente ao Museu Nacional, na
área central de Brasília, mas a repercussão do caso foi negativa e o dançarino
recebeu desculpas públicas do governador Rodrigo Rollemberg.
Em nota na noite de domingo (16) o governador se
manifestou sobre o ocorrido. "O governo de Brasília destaca a importância
da cultura. Rollemberg e [o secretário de Cultura, Guilherme] Reis lembram que
a cultura é sempre bem-vinda à capital da república e lamentam o desconforto
causado ao artista, pois o governo acredita, apoia e incentiva a livre
manifestação artística", afirmou.
Essa apresentação faz parte do Palco Giratório,
promovido pelo Sesc, onde o artista fica dentro de uma bolha com uma substância
seca sobre o corpo. O público pode entrar na bolha, permanecer e contemplar a
apresentação.
Maikon Kempinski não gostou da abordagem da PM e
disse que irá tomar providências, pois o espaço é livre para fazer
manifestações artísticas. “Eu e
minha equipe queremos retornar ao local ainda este ano para nos apresentarmos,
com o total apoio e proteção do governador”, conta.
A PM disse que o artista não apresentou documentos
comprovando que poderia se apresentar naquele local e que só atuou porque
recebeu denúncias de pessoas que estavam incomodadas com a apresentação.
“Apresentações desta natureza não são recomendadas para
menores de idade, logo deveria ter sido realizada em um ambiente fechado ou
controlado. A Polícia Militar ainda informa que apoia todos os eventos
culturais da cidade, proporcionando segurança para que eles ocorram".
O Sesc informou repudiar a detenção do artista, disse
que a instituição tinha autorização do Museu Nacional da República e que tomou
o devido cuidado de informar que era uma apresentação indicativa de 16 anos e
que ocorreria no período noturno.
"A proibição da peça em Brasília, os prejuízos
materiais à obra e a detenção do artista constituem uma arbitrariedade que
coloca em risco não apenas a liberdade de expressão, assegurada pela
Constituição Brasileira e por documentos internacionais dos quais o Brasil é
signatário, bem como interfere nos direitos culturais do público do trabalho”,
informa o Sesc.
Eduarda Fernandes
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