A mídia também ajuda nas vendas dos produtos eróticos, fazendo com que a sociedade veja isso de forma mais natural. A trilogia Cinquenta Tons de Cinza de El James e o filme De Pernas Pro Ar de Mariza Leão, são exemplo de mudança que a mídia está colocando aos poucos para a população.
Para a psicóloga Ana Karina, o aumento da procura pelos produtos eróticos está relacionado ao fato de que o sexo é vivido com mais liberdade no nosso século. Assim mais pessoas procuram experimentar as novidades que existem nos Sex Shop. “Os recursos sexuais que estimulam nossos pontos sensoriais promovem maior prazer durante a relação a dois. Por isso, tantas pessoas buscam os famosos Sex Shop”, comenta.
Mas, ainda existe preconceito entre as famílias e muitas discriminam pessoas que usam artigos dos Sex shop. A psicóloga Ana Karina, explica que isso acontece porque falar de sexo ainda causa constrangimento e ir ao sex shop é algo impensável. “As pessoas têm a vontade de ir, mas não vão com medo do que os outros irão pensar delas e até mesmo a religião pode afetar isso. Isso é uma questão cultural que passa de geração em geração”.
Sabendo do receio da população, os donos das lojas especializadas estão investindo nas vendas dos produtos no comércio virtual. Onde o consumidor pode adquirir o artigo da loja no site, fazendo apenas o cadastro e recebendo em casa anonimamente o produto. No site há variedades, constando todos os tipos de produtos da loja. E também investe em vendedoras que vão na casa dos clientes.
As mulheres ainda são as maiores consumidoras dos produtos eróticos e a curiosidade atinge pessoas entre 18 a 60 anos. Os produtos mais vendidos são os cosméticos, como óleo de massagens, os que esquentam e esfriam as partes íntimas e vibradores.
Os motivos que levam as pessoas a adquirir os produtos eróticos, vêm desde a mudar a rotina a dois a ter grandes fantasias. “Uma peça diferenciada de lingerie ou um adereço, por exemplo, podem fazer com que quem use se sinta mais atraente”, diz a psicóloga Karina.
Segundo a proprietária de um sex shop Vivian Talmara, a movimentação é grande, principalmente no “Dia dos Namorados”, e a maioria dos funcionários que atendem os clientes são mulheres, porque assim deixa o público feminino mais a vontade e os homens menos despreocupados.
As pessoas que trabalham nos Sex shop também sofrem algum tipo de preconceito ou até mesmo são confundidas por garotas de programas. É o caso da funcionária P. L., que foi confundida por um cliente. “Uma vez um rapaz chegou a mim e fez uma proposta indecente, e eu disse que estava trabalhando vendendo produtos e que eu não estava à venda. Sou casada, tenho filhos e se estou aqui é porque preciso do dinheiro e é um trabalho como qualquer outro”.
Paloma informa que ganha bem e que ainda existe o preconceito das pessoas, pois muitas vão à loja e falam que entraram no local errado e pensam muito no que os outros irão achar delas. “Muitos olham os produtos e não levam nada com vergonha”, enfatiza.
Para a estudante Isabel de 20 anos, isso tudo é natural. “Eu gosto de apimentar minha relação, de inovar com meu namorado, por isso venho ao sex shop e acho que todos deveriam agir normalmente em ralação a isso, pois temos varias sensações desconhecidas e esses produtos ajudam no nosso alto conhecimento, meu Dia dos Namorados sempre é bem especial”.
Quebrando o Tabu
“O momento a dois é importante em uma relação, e é necessário investir e sair da rotina, esse Dia dos Namorados os casais devem experimentar novos horizontes e quebrar o tabu”, diz a psicóloga Ana Karina.
Segundo especialistas, muitos relacionamentos esfriam por falta de investimento na intimidade e acabam caindo na rotina. “Se você quer agradar alguém nesse dia tão especial, vista sua melhor roupa íntima se perfume, faça um jantar especial, assista a um filme picante e use e abuse de produtos eróticos”, enfatiza a psicóloga.
Jogos também é uma boa pedida para esse dia, segundo vendedoras de produtos eróticos. Elas informam que é preciso criatividade para inovar e quebrar o tabu, “existem vários meios para hoje ser um dia mais que especial, basta você não ter vergonha de ser feliz e quebrar o preconceito, o diálogo do casal ajuda bastante”, diz Viviam.
Eduarda Fernandes
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