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STF abre novo inquérito contra Aécio para apurar corrupção passiva

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (22/6), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a abertura do segundo inquérito contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) com base na investigação iniciada após a delação do Grupo J&F e ampliada na Operação Patmos.

O novo caso aberto é para apurar supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Fora esta nova investigação, Aécio Neves já foi denunciado pela PGR pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de justiça.
Quando pediu o novo inquérito, a PGR apontou necessidade de investigar três pontos: “o pagamento de propina da ordem de mais de R$ 60 milhões feito em 2014 ao parlamentar por meio da emissão de notas fiscais frias a diversas empresas indicadas por ele”, o pagamento a diversos partidos para apoiarem a candidatura à Presidência da República em 2014, e “o pagamento de dinheiro em espécie feito diretamente a Frederico Pacheco de Medeiros, primo do Senador e por este indicado para receber os valores”.
O procurador-geral também havia apontado que existem “fortes indícios” de lavagem de dinheiro relacionados a empresas do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). A Tapera Participações, que está em nome do filho do parlamentar, foi a destinatária de parte dos R$ 2 milhões entregues pela JBS a Aécio, sustenta Janot. O repasse foi filmado e gravado em ação controlada pela Polícia Federal.
A partir da decisão do ministro Marco Aurélio, será gerado um novo número de inquérito e, nele, a PGR poderá pedir providências, o que ainda não foi feito.
Em nota, a defesa do senador afastado Aécio Neves disse que recebe a informação com naturalidade por se tratar de um desdobramento da denúncia inicial. “A investigação demonstrará que não se pode falar em lavagem ou propina, pois trata-se de dinheiro de origem lícita numa operação entre privados, portanto, sem envolver recurso público ou qualquer contrapartida. Assim, não houve crime”, disse o advogado Alberto Zacharias Toron.
Irmã e primo
Também nesta quinta-feira (22), Marco Aurélio Mello decidiu desmembrar o inquérito em que Aécio já é denunciado, para que seja encaminhada à primeira instância a denúncia aos outros três envolvidos no caso, Andrea Neves, Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima. A denúncia seguirá para a Justiça Federal de São Paulo, estado onde os crimes denunciados teriam ocorrido.
Essa decisão atende ao pedido da defesa de Andrea Neves, que alegou que os investigados não detêm prerrogativa de foro no STF “Consideramos que a decisão está ajustada à jurisprudência do próprio Supremo”, diz a defesa de Andrea.
FONTE:
METROPOLES
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