Cartilha contra assédio sexual em trabalho é lançada em Brasília

Capa da cartilha Foto: divulgação
Foi lançada nesta quarta-feira (21/06) pelo o Ministério Público (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma cartilha que ajuda o reconhecimento do assédio sexual em empresas. De acordo com a procuradora do trabalho, Sofia Vilela, o número de denúncia é pequeno, sendo que pesquisas revelam um alto índice de assédio no ambiente de trabalho.

O objetivo do exemplar é que a vítima “rompa o silêncio” e lute pelos seus direitos. Em 2016, o MPT registrou apenas 252 reclamações de assédio sexual em todo o país e no ano passado 266 registros.

Uma universitária que não quis se identificar conta o que já sofreu em uma empresa de Samambaia. “Sempre no dia do pagamento meu chefe me chamava para receber na sala dele, esse momento era terrível, pois ele tentava me agarrar à força, sem contar que ele me humilhava na frente das pessoas, tive coragem de denunciá-lo ano passado e o processo ainda está em andamento, espero que a justiça seja feita”, desabafa.

De acordo com especialistas a violação é feita por intimidação e chantagens e a vítima tem dificuldades em colher provas, pois o agressor sempre age quando não tem ninguém. A vítima também infelizmente sofre preconceito para romper o silêncio e em muitos casos, se responsabiliza pelo o ocorrido.

Em 90% dos episódios de violência sexual as vítimas são mulheres e sofrem muito. “As pessoas acham que são brincadeiras, elogios..., mas, na verdade, essas atitudes não deixam de ser uma violação à intimidade das mulheres”, conta a procuradora Sofia.

A cartilha foi criada em seis meses e foi finalizada com o apoio da OIT, a versão contém adesivos com frases que irão servir como advertência e conscientização sobre o assédio sexual. Assim, o MPT espera que as vítimas denunciem, pois essa atitude facilita as investigações dentro do ministério.


Eduarda Fernandes





About CRIATIVO PUBLICIDADE

0 comentários:

Postar um comentário