Desemprego aumenta fluxo de pessoas para o Distrito Federal

Com 12 milhões de desempregados no país, a recuperação do mercado de trabalho é um dos maiores desafios para a reconstrução da economia brasileira. Sem demanda e investimentos suficientes para estimular a geração de empregos, a batalha para conseguir uma ocupação já provoca uma migração dentro do Brasil. Esse movimento ganha força, principalmente, em direção a estados das regiões Centro-Oeste e Sul, onde a taxa de desemprego é mais baixa, e o rendimento, maior.


Em Mato Grosso, 1,97 milhão de pessoas que não nasceram no estado lá passaram a residir. O número é 5,8% maior em relação a 2014, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O movimento se repetiu no Rio Grande do Sul. No ano passado, o número de pessoas que não eram naturais do estado somava 4,38 milhões, o que representou um crescimento de 0,6% em relação ao ano anterior. Em Goiás, houve aumento de 2% no número de moradores de fora do estado.

A explicação, segundo especialistas, está relacionada à disparidade de rendimentos. No quarto trimestre de 2015, o rendimento médio real – ou seja, descontada a inflação – era de R$ 2,15 mil na região Sul. No Centro-Oeste, a renda média era de R$ 2,25 mil. No Nordeste e Norte, por exemplo, os valores eram de R$ 1,5 mil e R$ 1,3 mil, respectivamente. Também pesa na decisão de migração o nível de desemprego. Enquanto a taxa de desocupação média no quarto trimestre de 2015 no Nordeste e Norte era de 10,5% e 8,6%, respectivamente, ela era de 7,4% no Centro-Oeste e de 5,7% no Sul.

No Distrito Federal, o movimento de migração não foi diferente. Embora o número de pessoas de outros estados na capital federal tenha recuado 2,4% em relação a 2014, em determinadas faixas etárias, esse processo apresentou crescimento. É o caso das pessoas entre 20 a 24 anos. Há dois anos, eram 75 mil nesse grupo de idade, sendo que 59 mil estavam empregados ou à procura de emprego. Em 2015, o total de migrantes nesse mesmo grupo etário saltou para 83 mil, sendo que o número de pessoas trabalhando ou tentando se inserir no mercado de trabalho aumentou para 65 mil. Ou seja, 8 mil jovens nascidos em outros estados passaram a morar no Distrito Federal em um ano.

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