
De acordo com Juliana, tudo começou com pequena dor de cabeça que foi "aumentando gradativamente durante três semanas, até ficar insuportável". Então, ela busocu ajuda médica, e recebeu uma receita de remédio para enxaquexa. Segundo a jovem, a especialista não pediu nenhum exame e também não a encaminhou para um neurologista "apesar de minha insistência, pois disse que não era o caso".
— Era sexta-feira, dois dias após ter ido ao hospital. Acordei pela manhã para ir à aula, quando fui levantar da cama minha perna direita não respondeu ao meu comando, mas com algum esforço levantei. Escovando os dentes percebi que minha mão direita também não estava normal. Tentei me vestir, sem sucesso. Aquilo estava muito estranho, então não fui a aula e resolvi esperar passar. Não passou. Alguns minutos depois peguei o celular para fazer uma ligação, mas foi muito difícil, fiquei muito tempo olhando para a tela sem saber o que fazer, como se tivesse esquecido como manusear um telefone. Deixei o celular de lado e fui ao banheiro, e para o meu maior desespero não sabia mais usar o banheiro, fiquei olhando pela porta e não sabia mais por onde começar, como isso era possível? Minha visão começou a ficar turva depois de algum tempo. Já não conseguia fazer nada sozinha, não realizava nenhum raciocínio básico.
Então, ela foi socorrida pelas amigas e os pais de Juliana levaram a filha a um hospital em São Paulo.
— Na viagem o efeito do remédio para enxaqueca havia passado, a dor voltou muito mais forte.No hospital realizei alguns exames, administraram três medicamentos para a dor, sem sucesso, a dor continuou forte. Em poucas horas fui chamada para saber o resultado dos exames e na ressonância magnética foi diagnosticada trombose venosa cerebral.
Ainda em seu texto, ela relata o que sentiu:
— Foi um choque, não consegui entender bem o que estava acontecendo, o médico me perguntou se eu tomava anticoncepcional, eu disse que sim, há cinco anos, e então ele disse que essa poderia ser a causa do problema.
— Foi um choque, não consegui entender bem o que estava acontecendo, o médico me perguntou se eu tomava anticoncepcional, eu disse que sim, há cinco anos, e então ele disse que essa poderia ser a causa do problema.
Segundo a jovem, ela passou cinco anos tomando a pílula YAZ, passou por três ginecologistas diferentes, e nenhum deles a alertou sobre o risco de trombose".
— Não tenho histórico familiar, não sou fumante, e os exames de sangue estavam normais, não tinha predisposição a ter trombose.
Foram três dias dentro da UTI, e um total de quinze dias de internação. A causa era mesmo o anticoncepcional, um remédio que era pra estar me ajudando, mas que ali poderia ter me causado uma seqüela irreparável ou até mesmo algo pior. De certa forma me culpei por ter ignorado as notícias sobre a trombose que via na internet ou que ouvia falar. Confiava demais no YAZ, confiava demais em mim mesma, pensava que aquilo não iria acontecer comigo.
Foram três dias dentro da UTI, e um total de quinze dias de internação. A causa era mesmo o anticoncepcional, um remédio que era pra estar me ajudando, mas que ali poderia ter me causado uma seqüela irreparável ou até mesmo algo pior. De certa forma me culpei por ter ignorado as notícias sobre a trombose que via na internet ou que ouvia falar. Confiava demais no YAZ, confiava demais em mim mesma, pensava que aquilo não iria acontecer comigo.
FONTE R7,COM
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