A vida dos usuários de transporte coletivo no Distrito Federal vai continuar atribulada na semana que começa neste domingo, dia 26/06. Isso porque, em assembleia realizada pelo Sindicato dos Rodoviários do DF, ficou definido que a categoria vai continuar sem fazer horas extras ao longo da semana e a frota se manterá reduzida em 20% – algo que já vem ocorrendo desde a última semana.
A redução da frota é especialmente impactante ao longo dos horários de pico, quando mais pessoas procuram o transporte coletivo. Com a decisão de manter a redução, na prática, os brasilienses terão mais ou menos 400 ônibus a menos por dia rodando as ruas da capital.
Essa decisão, segundo o presidente do sindicato, Jorge Farias, é reflexo da indisponibilidade das empresas concessionárias do serviço público de negociar as demandas da categoria. “Se até quarta-feira não tivermos uma contra-proposta, quinta-feira vamos parar todos os ônibus”, alertou ao Metrópoles o sindicalista.
Os rodoviários pedem reajuste de 19,86% nos salários: 9,86% referentes à inflação e 10% de ganho real. Além disso, eles querem melhores condições de trabalho e destacam, como exemplo, o terminal rodoviário da Asa Norte. “Aquele lugar não tem condições de trabalhar. Sério. Quem quiser usar o banheiro por lá tem que ir com o rodo, desinfetante e, às vezes, com uma privada nova”, prosseguiu Farias.
Após a paralisação de quinta-feira, os rodoviários pretendem realizar nova assembleia no próximo domingo (02/07) e organizar uma nova greve para o dia 4, terça-feira. Farias reclama da postura do governo durante as negociações que, segundo ele, está repassando as responsabilidades de mediar a situação para Justiça. “Como assim eles entraram na Justiça para cobrar multa por dia de greve?”, questionou.
0 comentários:
Postar um comentário