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Sem atendimento em hospital público, jovem faz vaquinha online para ajudar a mãe

A estudante Anna Emanuella de Freitas Camargos, 23 anos, resolveu criar uma vaquinha virtual para ajudar a pagar contas do tratamento médico da mãe, a autônoma Jaíne Aparecida de Freitas Camargo, 44 anos. A mulher sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no dia 26 de janeiro e não conseguiu atendimento urgente e específico na rede pública. A solução foi recorrer a um hospital particular. Agora, a família precisa quitar dívida com cirurgia e diárias na UTI. O valor já chega a R$ 150 mil e pode aumentar, já que a paciente continua internada.
Os sintomas do AVC surgiram enquanto Jaíne estava em casa. Era a noite e ela dormia. A família recorreu ao Hospital Regional de Taguatinga, onde mora. “Não temos plano de saúde. Por isso, levamos a minha mãe para o hospital mais próximo, mas estava um caos”, relembra a filha Anna.
Ali, a autônoma conseguiu apenas um exame e não teria tido auxílio adequado. “Eu e meu pai tivemos que levar a minha mãe no colo para a mesa de tomografia. Médicos e pacientes estavam se virando como podiam”, critica.
Anna também relatou que a própria médica plantonista do hospital sinalizou que ali o tratamento necessário não poderia ser prestado. “Ela disse que, se a gente quisesse salvar a vida da minha mãe, era preciso tirá-la de lá e tentar o atendimento urgente em algum hospital particular”, conta. Para não perder tempo, a mulher foi levada para o Hospital Anchieta.
De acordo com a família, na rede particular Jaíne recebeu atendimento clínico para avaliar as condições de saúde e foi submetida a duas cirurgias. A primeira para retirar um coágulo de sangue formado no cérebro, e a segunda, para remover parte do crânio e evitar que o AVC se espalhasse pela cabeça. Só essa parte chegou a R$ 20 mil.
A mulher ficou internada na UTI por 18 dias. Após o período, ela pôde seguir o tratamento no quarto, e atualmente, respira com ajuda de aparelhos.
Sequelas do acidente
Segundo Anna, a cirurgia da mãe deixou sequelas, típicas de casos de AVC. “Ela não consegue falar nem comer sozinha. A articulação do braço direito também ficou comprometida. Vamos ter que ensinar tudo de novo”, explica a filha, que está esperançosa com a recuperação da mãe.
Além dos médicos neurocirurgiões, a mulher recebe atendimento de uma equipe formada por enfermeiro, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e dentista. “Agora, ela só precisa se recuperar um pouco mais para poder retirar a sonda. Vamos aguardar a evolução pessoal dela”, diz a jovem.
Serviço
Para quem colaborar e ajudar a arcar com as despesas hospitalares, basta contribuir com a vaquinha on-line, ou por meio de transferência bancária. Para mais informações sobre o número da conta, acesse o site clicando aqui. Até ontem haviam sido arrecadados R$ 28 mil (14% da meta de R$ 200 mil).
VERSÃO OFICIAL
A família diz que o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) não disponibilizou o atendimento necessário, uma vez que o quadro exigia cirurgia de urgência. Procurada pelo JBr., a Secretaria de Saúde não prestou detalhes sobre esse caso específico. Por e-mail, informou que existem dois tipos de AVC. O primeiro é o AVC isquêmico, em que o paciente só é operado em casos especiais, quando tem aumento da pressão no cérebro. O segundo é o hemorrágico, quando a cirurgia é feita de urgência, no momento em que o paciente chega ao hospital. Nos casos em que é possível aguardar, eles esperam nas salas vermelha ou amarela, conforme a gravidade.
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